Será a entrega do sinal da Cruz pelo sacerdote...
Então é muito importante a presença de todos no domingo.
Flávio Dino é o ministro da Justiça, mas cada vez mais ele parece querer ser o ministro da "injustiça".
Depois de perderem a votação do projeto de lei 2630 que originalmente tinha objetivo de regular as Fake News, mas que na verdade parece ser regular as redes sociais e consequentemente a opinião pública, Dino parece ter dificuldade de conviver com o contraditório e respeitar os ritos democráticos.
"A regulação das plataformas está sendo feita, por vários caminhos. É uma exigência que está na constituição. Não podem continuar livros as violências contra crianças e adolescentes, apologia ao nazismo, as indústrias desinformação contra a saúde pública, entre outros crimes" escreveu o ministro, em seu Twitter.
Apesar da verborragia e dos adjetivos pesados a população e a maioria do congresso já percebeu que o que o governo Lula quer é silenciar os críticos, sejam eles parlamentares ou meros contribuintes, nada mais distante da democracia do que isso. O ministro vem ameaçando tratorar o Congresso caso não seja feito o que ele deseja:
"Se esses adeptos do faroeste digital conseguissem impor a sua vontade ao ponto de impedir o processo legislativo, nós temos a regulação derivada de decisões administrativas inclusive do ministério da justiça e a regulação feita pelo poder judiciário no julgamento de ações que lá tramitam", declarou.
É ameaçador a forma como ministro se refere ao executivo e ao judiciário como se fossem um só poder, prontos para desfazer qualquer decisão do parlamento. Nem o Maduro é tão 'bolivariano'.
E o ministro continuou, no mesmo tom autoritário, ao dizer que os opositores ao PL 2630 “vão perder”.
“Então, que fique a mensagem consignada enfaticamente: os adeptos dessas práticas deletérias, nocivas, agressivas, imorais, perderão. Eles vão perder. Não sei se amanhã ou semana que vem, mas perderão.”
Como diria aquele famoso repórter: – Sentiu, Galvão, ele sentiu!
Em uma estranha coincidência, na quinta-feira 4, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou o julgamento de uma ação sobre o Marco Civil da Internet.
Cabe à presidência da Corte marcar a data para a análise do caso.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.