Em sentença acertada, desembargador deixa fluir assombrosa ‘cara de pau’
15/01/2017 às 10:54 Ler na área do assinanteOs vereadores de São Paulo lutam obstinadamente por um aumento salarial. Querem elevar os seus vencimento de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil.
É muito? Nas atuais circunstâncias é um despautério, entre os inúmeros absurdos que assolam o nosso país.
Um absurdo indignante é o tal dos ‘penduricalhos’ percebidos por magistrados e membros do ministério público.
Teto constitucional pra essa turma não existe. Eles fazem o seu próprio salário. E tudo dentro da legalidade. Uma ‘legalidade’ tacanha e desavergonhada.
Aliás, eles próprios reconhecem o mal que fazem ao Brasil. Na sentença que barrou o aumento dos vereadores paulistanos, o desembargador Dimas Borelli Thomaz Júnior pontuou com veemência sobre o tal reajuste: ‘mostra-se incompatível com os primados da moralidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da economicidade’.
Todavia, esse mesmo cidadão, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, que, vale repetir, acertadamente barrou o aumento dos vereadores, recebeu R$ 92 mil de salário no mês de novembro.
Não vai ser fácil consertar o Brasil. A tarefa é árdua. É muita autoridade olhando apenas para o próprio umbigo.
Gonçalo Mendes Neto
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