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Para muitos políticos de destaque, ter um plano de governo é importante para poder alavancar as principais estruturas do Estado e garantir maior produtividade e, em consequência, maior arrecadação de impostos, movimentando a economia e fazendo o país “andar” como uma máquina bem azeitada.

Entretanto, para outros políticos, o importante é a arrecadação, é a manutenção das despesas, não do ESTADO, mas do poder assumido.

Essa é a realidade nacional hoje.

Com 37 ministérios e tantas outras despesas não previstas (será?) o atual ESTADO já dá sinais de “derrapamento” nas poucas subidas a que se viu submetido.

Para que a manutenção das despesas acumuladas associadas às da própria administração do país pudessem ser consolidadas a estratégia foi o aumento da arrecadação via impostos federais e, por tabela, a dos impostos estaduais.

Entretanto, como bem explicita a curva de LAFFER (a relação entre tributação e arrecadação do governo) à primeira vista, o princípio dela parece não fazer sentido. Se o governo aumenta os impostos, o normal seria a arrecadação aumentar também.

Porém, o efeito das políticas monetária e fiscal sobre a economia contrariam essa lógica. 

Seu conceito foi desenvolvido pelo economista Arthur Laffer, que defendia a diminuição dos impostos cobrados em uma sociedade como uma forma de estimular a economia.

Com essa medida, uma menor tributação resultaria indiretamente em um aumento na arrecadação do Estado, que era o que estávamos assistindo durante o governo Bolsonaro.

Claro que esse estímulo também se aplicava a como os países alinhados viam a expectativa de retorno de investimentos e isso alavancou muito a economia nacional.

Essa situação ficou bem clara durante a PANDEMIA em que o AUXÍLIO direcionado pelo GOVERNO para a população não gerou grande impacto na economia, pelo contrário, a arrecadação retomou seu ritmo fazendo com que mais investimentos fossem realizados e obras e privatizações rendessem positivamente para o ESTADO.

Porém, o que vemos hoje é exatamente o que a CURVA DE LAFFER determina, podendo-se afirmar que existe um “limite” entre esses dois extremos (tributação e arrecadação), onde a alíquota de tributação maximizaria a receita obtida com impostos.

Assim, e em consonância ao que se conhece como o atual governo não tem um viés econômico empreendedor a tendência em algum momento seria a curva de Laffer atingir seu ponto máximo – e a partir daí, a alta tributação passaria a inibir as forças de oferta e demanda na economia.

Com isso, as pessoas e empresas produziriam menos e sonegariam mais.

Logo, o governo recolheria cada vez menos impostos – até zerar a sua arrecadação quando tributasse todos em 100%.

Ao CAOS econômico que se instalasse (como vemos claramente na ARGENTINA,por exemplo, teríamos o CAOS social em que as pessoas começariam a ficar preocupadas não mais em produção e sim em sustento de si mesmos e de sua família.

Esses sinais são claros por todos os aspectos que a economia tem demonstrado.

Impostos e mais impostos têm sido aumentados, outros criados e muitas isenções retiradas.

O atual governo busca de todas as formas fazer caixa que ele próprio esbanja com viagens ao exterior além de verbas destinadas à “compra” de parlamentares através de emendas para atingir seus objetivos.

A cada dia vemos as penúrias do povo e dos projetos destinados a ele.

Saúde e educação, como elementos básicos, sendo vilipendiados além de dirigidos a projetos como ABORTO e GENERO nas escolas.

A ladeira parece cada vez mais íngreme e o país começa a acelerar sua descida com cada vez maior velocidade.

Assim, o plano do governo atual começa a virar água, notadamente quando o controle e subjugação do povo começam a falhar e o medo antes disseminado começa a reverter.

Era muito importante o 8 de janeiro como estopim de um governo centralizado e com amplos poderes. O plano falhou e agora carecem de um PLANO B para voltarem a ter algum destaque.

O domínio da CPMI é fundamental para evitar que caiam e por certo tudo farão para que esse instrumento seja tão ou mais manipulado que a CPI DA COVID.

Toda a atenção é pouca.

A semana começa já com rastilho de pólvora, e o que viveremos dependerá da nossa liberdade e consumação enquanto nação independente, soberba, democrática e com valores conservadores bem estabelecidos.

Uma semana de final de abril (Inconfidência Mineira) com um começo de maio (dia do trabalho), tempo de redefinir nossa história e colocar um ponto final definitivo no que começou mesmo em 1964.

Jayme Rizolli. Jornalista.

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