O Sombra: Conheça a trajetória do general "petista"
21/04/2023 às 10:04 Ler na área do assinanteApós a CNN Brasil divulgar as imagens do dia 8 de janeiro com exclusividade, apontando para a inércia do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, nos ataques a três prédios públicos federais, a imprensa destacou os altos cargos que o militar já ocupou em gestões petistas.
Marcos Edson Gonçalves Dias é de Americana (SP), tem 73 anos, e ingressou no Exército em 1969, tendo passagem pela Academia Militar das Agulhas Negras, a mesma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cursou.
Gonçalves Dias é um antigo conhecido da cúpula do Partido dos Trabalhadores. Ele fez parte da segurança pessoal do ex-presidiário Lula (PT), de 2003 a 2009, como Secretário de Segurança da Presidência da República.
Nessa época, Dias era chamado de "sombra" porque sempre estava em todos os eventos com Lula e até participava de pescarias com o petista.
Em seguida, durante o governo da impeachmada Dilma Rousseff (PT), ele passou a ser chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional e foi promovido ao posto de general. Depois, foi deslocado para a 6ª Região Militar para administrar a logística do Exército da Bahia. Mas, em 2012, ao ser flagrado em reunião com policiais grevistas, foi afastado do cargo.
Antes mesmo de Lula voltar ao poder, Gonçalves Dias já vinha integrando uma denominada equipe de inteligência estratégica da campanha do petista, que procurava evitar confronto físico entre o ex-presidiário e a população.
Quando o ex-condenado voltou a governar o Planalto, o general que já atuava há anos como interlocutor junto às Forças Armadas, foi indicado ministro do GSI, com uma função de confiança porque lidaria novamente com a segurança pessoal do presidente.
Ao que tudo indica, Lula não esqueceu os bons serviços prestados pelo amigo e estava convicto de que ele deveria integrar o seu terceiro mandato.