Desmatamento no Governo Lula não para de crescer e triplica em março, atingindo até a área Yanomami e reservas ambientais
21/04/2023 às 10:48 Ler na área do assinanteO Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, órgão que atua no monitoramento da Floresta Amazônica diariamente por imagens feitas de satélite, afirmou que o desmatamento no Governo do ex-presidiário Lula (PT) triplicou em março e fechou o trimestre com o pior índice em 16 anos.
Dados do Imazon revelam que a Amazônia Legal, composta pelos Estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso, perdeu somente no mês passado uma área equivalente a 344km², um aumento do desmatamento de 180%, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estava no poder.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, a Amazônia, o maior bioma do planeta, já desmatou 867km²; o que equivale a quase 1 mil campos de futebol.
Até áreas de proteção ambiental como a do Xingu e do Tapajós, no Pará, onde o governador é Hélder Barbalho, irmão do ministro de Lula, Jáder Barbalho Filho, opera, já foram destruídos 800 campos de futebol.
O Imazon alerta para uma tomada de posição urgente do Ministério do Meio Ambiente capitaneado pela historiadora e autoproclamada ativista ambiental, Marina Silva, e avisa que o desmatamento registrado até agora já é 42% do previsto para o primeiro semestre de 2023.
- Não podem ficar impunes - destacou o órgão, acrescentando que até as terras dos Yanomami, que meses atrás, haviam sido colocadas em "proteção" pelo ex-condenado da Lava Jato, na divisa entre Roraima e Amazonas, foram desmatadas.
- A volta do desmatamento na terra indígena Yanomami e o avanço da destruição em outros territórios dos povos originários de Roraima indicam a necessidade de ações permanentes de combate ao desmatamento nas áreas protegidas do estado. Além disso, precisamos acabar com a impunidade aos desmatadores ilegais - comenta Raíssa Ferreira, pesquisadora do instituto.
No ranking vergonhoso dos que mais perderam mata nativa, estão o Amazonas (104km²), Pará (91km²), Mato Grosso (86km²) e Roraima (28km²). Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, apenas o Amapá não apresentou aumento no desflorestamento.