Seria o fim da simbiose perfeita entre pai e filho Bolsonaro nas mídias sociais?

Carlos Bolsonaro informou através do se twitter, neste domingo 16 de abril, que decidiu não mais administrar as mídias sociais de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro:

"Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de Jair Bolsonaro , informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida VOLUNTARIADO.

Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é excessão aqui.

Pretendo entrar em novo ciclo de vida com foco pessoal.

Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria.

Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas.

Não sairei sem avisar. Até lá tentarei me manter como sempre, sozinho, mas com muita energia.

Não acredito mais no que me trouxe até aqui, mas torço para que tudo dê certo para todos!

Nada impulsivo, apenas justo e olhando pra frente em numa nova fase de vida!

Seguem os dias!".

Fica bastante clara a decisão pessoal, de foro intimo, e com a certeza de ter feito um excelente trabalho.

E foi.

Carlos Bolsonaro decidiu cuidar da imagem do pai, o então deputado federal Jair Bolsonaro,  em 2010.

Fez muito e muito bem feito.

Nas palavras do ex-presidente, o Carlos Bolsonaro, ou "zero 2" , como é chamado pelo pai, teria qualquer lugar em seu governo, todavia o filho decidiu se manter no mandato de vereador na cidade do Rio de Janeiro.

Vale registrar que já está em seu sexto mandato consecutivo de vereador, sendo eleito 2000 com 16.053 votos, chegando a 106.657 votos em 2016, antes do pai ser eleito presidente.

Em suas palavras Carlos não esconde a decepção e a mágoa com algumas pessoas próximas, a quem trata por "ingratas e sonsas".

De preocupante é a clareza com que afirma, "não acredito mais no que me trouxe até aqui".

A simbiose é perfeita entre o filho e o pai, a prova é o sucesso das mídias sociais do Jair Bolsonaro,  e o que o Carlos fez transformando a imagem do político Bolsonaro num dos líderes mais carismáticos e populares do mundo.

Não foram poucas as vezes em que o pai Bolsonaro, atribuiu ao filho Carlos o mérito de sua eleição em 2018 e o sucesso de sua campanha eleitoral.

A decisão do Carlos deve ser compreendida e respeitada.

Mas nada impede que os apoiadores que acreditam que essa simbiose deve ser mantida, possam torcer para que a decisão seja revista e se repita a vitória de 2018 em 2026.

Seguem os dias!