Eduardo Leite age como um "genérico" de João Doria e fatalmente terá surpresa desagradável

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Sou um paulista que tem grande admiração pelo estado do Rio Grande do Sul e pelo povo gaúcho, mas confesso que não consigo entender como a maioria dos eleitores reelegeu o ‘isentão’ Eduardo Leite. Especialmente depois do desrespeito que ele demonstrou ao renunciar ao governo do estado, em março de 2022, para perseguir suas infundadas ambições pessoais.

Pois é, poucos meses após a humilhante derrota de Leite para João Dória nas prévias do PSDB e da raríssima segunda chance que o eleitorado gaúcho lhe concedeu ao reelegê-lo para o Palácio Piratini – com sua inacreditável ingratidão, Eduardo Leite já se arvora a falar de sucessão presidencial, faltando 3 anos para as eleições e com a economia gaúcha derretendo, ele solta essa: 

“2026 não é um projeto pessoal, eu vou estar do lado do caminho que apontar para fora do PT e para fora do Bolsonaro. Da minha parte não haverá divisão, quero estar junto com Zema, quero estar junto com Tarcísio”, disse Leite em referência aos governadores de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente.

Porém, o governador Tarcísio é dotado de uma virtude que Leite desconhece por completo, se chama lealdade. Romeu Zema por sua vez, comunga de um ideal também desconhecido ao pequeno Eduardo Leite, seu comprometimento com o povo mineiro.

O governador gaúcho citou o nome de dois grandes homens públicos para tentar provocar cizânia, ao invés disso deveria se inspirar nos exemplos de Tarcísio e Zema e trabalhar pelo povo gaúcho que é quem paga seu salário. 

Do contrário, Leite seguirá a sina de seu colega João Dória que, de tanta ambição, teve que trocar a vida pública pela privada.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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