Inexplicavelmente, Moraes dá 10 dias para Bolsonaro depor sobre atos de 8 de janeiro
14/04/2023 às 16:05 Ler na área do assinante
(Antonio Augusto/Secom/TSE)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal colha o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os atos de 8 de janeiro, que culminaram na depredação de órgãos públicos.
- DEFIRO o requerimento formulado pela Procuradoria-Geral da República e DETERMINO à Polícia Federal que PROCEDA A OITIVA DE JAIR MESSIAS BOLSONARO, no prazo máximo de 10 (dez) dias, devendo a PGR ser previamente avisada do dia agendado para, se entender necessário, acompanhar a oitiva. INTIME-SE a Procuradoria-Geral da República para indicar, em 10 (dez) dias, nos termos já decididos, os especialistas para atendimento das providências determinadas nos itens b e c da decisão de eDoc. 2, fl. 60, acima listadas. Publique-se. Brasília, 14 de abril de 2023 - escreveu o também presidente do TSE.
Bolsonaro nem estava no país quando as manifestações contrárias à volta do ex-presidiário Lula (PT) ocorreram, mas os aliados do governo petista insistem em atribuir ao líder da direita responsabilidade sobre o vandalismo.
Em tempo, enquanto o Partido dos Trabalhadores persegue a oposição ao terceiro mandato de Lula, nos bastidores do Congresso Nacional faz ameaças e chantagens aos parlamentares que assinaram a lista favorável à CPMI de 8 de janeiro, que pretende investigar a fundo omissões e responsabilidades por parte do Governo Federal em conter os atos.
Depois das depredações, vários militares de alta patente foram exonerados ou trocados de posto e 1.406 pessoas detidas. Boa parte delas afirma não ter participado do vandalismo e é favorável à instalação do colegiado.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), órgão do governo brasileiro responsável pela assistência direta e imediata ao Presidente da República em assuntos de segurança, negou mais uma vez o acesso de deputados às imagens da câmara do Palácio do Planalto, que identificaria os verdadeiros criminosos.
O GSI justificou "sigilo das informações".
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