A reunião de emergência no Planalto

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Depois da reunião de emergência no Planalto convocando todos os ministros, muito do que se acompanha na rede foi dito.

O governo sabe que a resistência às narrativas impostas pela grande mídia viria da internet. E um dos tópicos sempre incomodou: a oposição fala muito de Alckmin.

Como a esquerda é mestra na arte de criar contenda, eles entendem que a possibilidade de um golpe especulado para Alckmin, enfraquece o grupo, já que o próprio PSB se coligou a uma aliança que faria uma crítica de esquerda a Luís Inácio. Era preciso remediar isso, e quanto mais rápido, melhor.

A declaração de Geraldo chamando Lula de senhor vai nesse sentido. Provavelmente acuado, o ex tucano teve de falar publicamente sobre os feitos e sobre os aspectos positivos do governo. Era uma maneira de contradizer as especulações e declarar fidelidade aberta. Tanto para acalmar a militância, que já não esconde a preocupação, quanto a ala da oposição, que descobriu nesse fato, mais um calcanhar para bater.

Hoje Dino comparecerá a Comissão dos deputados, e outra denúncia de Juscelino apareceu.

A viagem à China foi explorada anteriormente e perdeu seu timing de exposição. A pressão vai continuar. Quem acha que Alckmin se incomodou, errou feio. Do mesmo modo que Temer fez na gestão Dilma, pedir uma declaração aberta só mostra a vulnerabilidade do mandatário.

Porém, tudo deve ser calculado. Se Lula cair agora, toda a chapa vai junto, e isso não agrada a cúpula dos Democratas e europeus. Não gosto do Alckmin, mas sei que pelos interesses gringos, na mão dele, os interesses do Puebla ficam em terceiro plano. É fundamental que o Brasil mantenha economia mínima, mas que não cresça a ponto de tirar dinheiro de quem sempre ganhou. Já que não dá para emplacar ninguém no executivo agora, o narigudo ainda é melhor opção que o molusco.

E nesse caso, mantenho o velho ditado: Ladrão que rouba ladrão, cem anos de perdão.

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