A sede de vingança contra Bolsonaro faz ex-presidiário tomar mais uma atitude indecente

Ler na área do assinante

Numa nova iniciativa para tentar "reescrever a história", o ex-presidiário Lula revogou a ORDEM DO MERITO PRINCESA ISABEL, assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2022.

No lugar, o petista instituiu o Prêmio Luiz Gama de Direitos Humanos. 

A princípio parece uma medida burocrática sem grande importância, mas revela a mágoa profunda de Lula com seu antecessor e a completa desorientação dessa administração.

Passados três meses, o governo Lula não tem proposta em nenhuma área a não ser renegar as posições de Bolsonaro.

O capitão facilitou a posse de armas? Lula revoga.

Bolsonaro cortou a mamata da Lei Rouanet? Lula libera bilhões.

Bolsonaro apoiou a independência do Banco Central? Lula quer a cabeça do atual presidente da instituição.

Numa agressiva nota oficial, o governo Lula explica que “um país negro e racista como o Brasil possuía um prêmio de direitos humanos em homenagem à princesa Isabel, uma mulher branca”. 

Cita ainda que sua instituição pela administração anterior foi equivocada.

“Não se trata de afirmar que uma pessoa branca não possa integrar a luta antirracista, mas de reafirmar o símbolo vital que envolve essa substituição: o reconhecimento de um homem negro abolicionista enquanto defensor dos direitos humanos”, justifica a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Rita Oliveira.

Uma bobagem stalinista, o que os petistas vão fazer com Jose Bonifácio, patrono do Movimento Abolicionista Brasileiro e ‘branco como um floco de neve’?

Luiz Gama, claro, tem seu destaque na história brasileira. Nascido em 1830 no estado da Bahia. Era filho de um português com Luiza Mahin, uma mulher negra reconhecida por participar de diversas insurreições de escravos. Mesmo sendo livre, Gama foi vendido pelo próprio pai para pagamento de uma dívida de jogo.

Quando tinha 18 anos, fugiu.

Em 1850 passou a ser ouvinte das aulas de Direito de onde hoje funciona a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A partir disso, começou a atuar na defesa de negros escravizados, sendo responsável pela libertação de mais de 500 pessoas em tribunais pelo Brasil.

Foi ainda jornalista, escritor, poeta e líder abolicionista. Gama morreu em 24 de agosto de 1882.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

Ler comentários e comentar