Na contramão do desarmamento proposto por Lula, ministro defende armas para o homem do campo: "É legítimo" (veja o vídeo)

Após encontro com o ex-presidiário Lula (PT), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, nesta terça-feira (4), que o produtor rural tem, sim, o direito de possuir armas para se defender da criminalidade; já que, em geral, as propriedades ficam muito distantes do policiamento e é imprescindível fazer a própria defesa pessoal.

- É legítimo o homem do campo ter uma ou duas armas lá para fazer a primeira defesa, um pouco de munição. Porque, lógico, ele está a 50, 100 quilômetros da cidade. Se ele ligar 190 (número da polícia), dá tempo do bandido barbarizar, fazer o que quiser dentro da propriedade, roubar, bater, espancar e não chegou a polícia ainda - destacou Fávaro.

- Se a criminalidade tiver a certeza que lá no campo não tem nenhuma arma, a vulnerabilidade é certa e o risco do homem do campo é iminente. E o presidente também pensa assim - acrescentou.

Fávaro também criticou o que chamou de "movimentos radicais" do MST e da FNL em investir em invasões de terras produtivas e disse que a ação é desnecessária porque o governo "tem as portas abertas" à reforma agrária.

A fala de Fávaro é o segundo embate de Lula com um ministro da gestão petista. A primeira foi quando o Ministro da Defesa, José Múcio, saiu em favor dos manifestantes contrário à volta do PT ao poder e declarou que os atos eram democráticos. Agora, a Agricultura também se mostra contra o atual recadastramento de armas de fogo e a revogação de uma série de decretos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que flexibilizavam o acesso a armamentos no país.

- O homem do campo vai continuar tendo o direito de ter uma arma, duas, um pouco de munição. Mais do que isso é exagero - finalizou.

Veja o vídeo:

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