Pela primeira vez na história, Câmara aprova moção de repúdio a um presidente da República

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A Comissão de Segurança Pública e Combate ao crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou nota de repúdio ao ex-presidiário Lula (PT). Um fato inédito na história.

A Polícia Federal, em apenas 45 dias, conseguiu desmantelar uma rede do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar autoridades brasileiras, entre elas, o ex-juiz da Lava Jato que mandou Lula pra cadeira, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), e promotor de Justiça de Presidente Prudente (SP), Lincoln Gakiya.

Ao saber do plano desvendado, Lula, que havia acabado de conceder entrevista ao portal esquerdista Brasil 247 afirmando que só pensava em "foder" Moro, quando estava na prisão, riu do episódio, debochou e concluiu que tudo não passava de "armação" do ex-magistrado.

E claro que a declaração precipitada e irracional do ex-condenado não caiu bem nem dentro do próprio governo, que se dividiu sobre a fala e cujos integrantes tentavam amenizar o teor dos comentários. Por isso, a Comissão decidiu que valeria a pena aplicar uma moção de repúdio ao atual presidente. Apenas cinco parlamentares foram contrários à nota: quatro são do próprio PT, partido de Lula, e um do PSOL, legenda aliada do Governo Federal.

- Significa um total desrespeito à Polícia Federal e também a todas as autoridades públicas que estavam sendo ameaçadas e correndo o risco de ter suas vidas ceifadas pela criminalidade - diz trecho da nota.
- Não podemos permitir e encarar com naturalidade a fala do presidente da República que desmoraliza publicamente aquela instituição. Nosso respeito pela instituição Polícia Federal e por todas as autoridades públicas que são ameaçadas em razão de suas funções - escreveram os parlamentares.

Quem também repudiou a declaração de Lula foi o promotor Lincoln Gakiya, que, há décadas, sofre ameaças de morte por parte de facções criminosas. Ele é considerado o maior estudioso do Brasil sobre o PCC e disse:

- Falar que a polícia inventou essa operação, está ofendendo a mim e ao Ministério Público. Essa operação começou com o Ministério Público de São Paulo. Levamos no dia 30 de janeiro a informação ao Moro e à sua esposa. Prometi que em três meses íamos identificar essas pessoas e efetuar as prisões. Aí eu louvo o trabalho da Polícia Federal. O Moro é um crítico do ministro da Justiça e opositor do presidente, mas a PF é republicana. Em apenas 45 dias, ela concluiu seu trabalho - explicou.

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