Ex-presidiário dá perigoso passo e se aproxima do governo comunista chinês

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Todo petista adora elogiar a China e criticar os Estados Unidos, mesmo que isso implique em renegar a história de identidade cultural que temos com os ‘Yankees’ e as atrocidades cometidas pela ditadura chinesa (inclusive genocídio, palavra que os esquerdistas amam aplicar aos seus desafetos).

Ignorância ideológica à parte, o governo Lula deu – provavelmente sem refletir – um passo grande no distanciamento das democracias ocidentais e fez uma aproximação perigosa com o autoritário governo chinês. 

O governo do ex-presidiário acaba de fechar um acordo com o regime chinês para a criação de novo banco de compensação internacional que permitirá a realização das transações bancárias bilaterais nas moedas brasileira e chinesa (Real e Yuan/Renminbi); o anúncio foi feito durante o Simpósio de Negócios China-Brasil, que está sendo realizado na capital chinesa Pequim, com 523 empresários e autoridades dos dois países.

O novo governo deve apresentar a narrativa da ‘independência em relação ao colonialismo americano’ mas essa desculpa servia no século XX, hoje não faz mais sentido.

Pior, coloca o Brasil em companhia de ditaduras islâmicas como Bangladesh, Indonésia e autocracias como Rússia e Turquia. Não é um clube que nenhuma nação se orgulhe em participar. Também não se limita a ser uma ação limitada a área econômica. Uma decisão dessas tem previsíveis consequências geopolíticas.

A ditadura chinesa costuma ter uma politica de distribuir benesses a principio, para depois cobrar caríssimo – que o digam a Argentina que perdeu parte do seu território para a China, na região da Patagônia e o Canadá que viu seu 1º ministro Justin Trudeau tomar uma bronca do ditador Xi Jinping na frente das câmeras de televisão de todo o mundo, que o tratou como um funcionário.

Uma grande humilhação para o povo e a democracia canadense. 

Em reunião que contou com a presença do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, Lula disse, ansioso, que pretende remarcar sua viagem à China para o dia 11 de abril (governo está aguardando uma resposta oficial do regime chinês sobre a disponibilidade de agenda).

Será que ele está agoniado pelas benesses chinesas?

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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