Ao vivo, Bolsonaro faz esclarecimento definitivo sobre polêmica das joias e deixa repórter da CNN sem palavras (veja o vídeo)

Por ter sede nos EUA, a CNN foi a única emissora de TV que conseguiu acompanhar a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil na íntegra, desde o embarque na noite de ontem, no aeroporto de Orlando, até sua chegada a Brasília, na manhã desta quinta-feira (30).

Esse privilégio permitiu a um repórter abordar o capitão, ainda nos EUA e, na ânsia de lacrar e ter uma matéria de alto impacto. Ele fez uma pergunta sobre a polêmica das joias enviadas pelo Sheik da Arábia Saudita e que foram confiscadas no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, em outubro de 2021.

Bolsonaro, pela primeira vez, topou falar a respeito e fez um longo esclarecimento, demonstrando que a questão só se tornou manchete dos jornais, justamente porque os presentes enviados foram cadastrados, assim como mais de 30 mil itens recebidos pela presidência da República nos quatro anos de mandato, como determina a lei.

“A imprensa só noticia porque foi cadastrado. Se houvesse má-fé por parte de alguém, não teria sido cadastrado. Como é que o Estadão descobriu isso? Porque está cadastrado, tem um documento mostrando isso, Que entrou no arquivo pessoal ou público do presidente da República. Só de camisetas eu acredito que tem 3 mil camisetas. Alguém acha que eu recebi as três mil camisetas. Eu acredito que deve ter uns 30 mil itens a mais. Eu não pego isso. Alguém acha que eu tenho como ver e receber 30 mil produtos. Até porque eu não poderia recebê-los pessoalmente, por questão de segurança”, disse Bolsonaro, explicando que entre os presentes havia muita coisa perecível e, por exemplo, o equivalente a pelo menos um caminhão lotado, só em livros, que acabaram doados para o museu nacional.

Bolsonaro explicou sobre a atuação do TCU, que abriu uma auditoria para apurar o caso e que só não gostaria de ter entregue duas armas que recebeu como presentes personalíssimos, mas que foram devidamente encaminhadas para uso da Polícia Federal:

"O material está guardado em Brasília, a gente tem que, por enquanto, manter em reserva, até que ache o local definitivo pra ele, pra evitar exatamente que algo seja buscado por quem não deve. Não sei porque desse escândalo todo, mas uma coisa que eu não gostaria de devolver são as armas, coisa pessoal, entregamos à Polícia Federal, esperamos que faça bom uso disso daí".

O ex-presidente ainda expôs o que ocorreu, de fato, com as joias enviadas como presente à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro:

"Em 2021, um ministro nosso foi na região da Arábia Saudita e ganhou dois presentes, um pra mim e um pra primeira-dama. O pra mim, tomei conhecimento no final do ano passado que tinha chegado. O da primeira-dama ficou na alfândega. Ela tomou conhecimento, e eu também, pela imprensa. Foi buscado documentalmente com ofícios. Nós buscamos buscar esse material para o acervo por ofício e ninguém quis buscar na mão grande. Não teve avião da Força Aérea especificamente para buscar, tentar buscar esse material em São Paulo, disse que um terceiro pacote, esse com alguns itens personalíssimos e em sua posse, está à disposição".

E concluiu:

"Nada foi escondido. Se a imprensa divulga é porque tem um cadastro dizendo que foi recebido aquilo."

Com tudo colocado em seu devido lugar, o repórter não teve outra alternativa, senão, enfim, perguntar a Jair Bolsonaro sobre o tema principal, o de sua volta ao Brasil.

Assista:

• Para sacudir Brasília, surge "documento" chocante que mostra algo estarrecedor

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