Globo corta geral, mas custos aumentam em R$ 660 milhões e emissora faz as contas do prejuízo
31/03/2023 às 07:07 Ler na área do assinanteA Rede Globo de Comunicação, uma das maiores empresas do mundo no setor, tem amargado derrota atrás de derrota, nos últimos anos.
A emissora, embora tenha torcido para a vitória do ex-presidiário Lula (PT) à presidência do Brasil, parece que ainda não conseguiu colher os frutos dessa conquista.
Recentemente, o canal da Família Marinho divulgou, internamente, os resultados de 2022 e, como esperado: a empresa fechou o ano no vermelho.
Isso mesmo! A Globo teve prejuízo de R$ 41 milhões. Em 2021, o saldo negativo foi de R$ 121 mi.
- Os custos de amortização dos direitos da Copa do Mundo acabaram por consumir os resultados acumulados dos três trimestres anteriores - explicou Paulo Marinho, diretor-presidente do grupo.
Os prejuízos com a Copa só não foram maiores porque a "platinada" fez acordo com empresas concorrentes para a transmissão dos jogos - como a Amazon -, gerando uma receita de R$ 625 milhões. Além disso, a companhia teve resultados positivos no mercado digital com o Globoplay e o Globoplay+Canais.
O problema é que no quesito conteúdo, a Globo teve uma redução de R$ 41 milhões em virtude de queda nas assinaturas de TV a cabo e da venda da Som Livre para a Sony.
O que mais intriga o mercado é que a Rede Globo vem enxugando a equipe há anos, mas não tem tido êxito na contenção de gastos. Somente em 2022, os custos para manter a empresa funcionando subiram em R$ 660 milhões.
- Apesar de termos alcançado uma melhora, fechamos o ano com resultado negativo - admite Marinho, adiantando que a emissora continua a elaborar relatórios que revisem os custos e ajude a minimizar os impactos negativos.
É mais um gigante próximo do desmoronamento.