Galvão dá "rasteira" monumental na Globo, mas já começa a sentir as consequências
26/03/2023 às 18:12 Ler na área do assinanteDo ponto de vista técnico a derrota da seleção brasileira para a do Marrocos, ontem em Tanger por 2 a 1 não teve muita relevância – é o começo de um trabalho numa seleção onde nem o técnico oficial está definido.
Porém, no mundo do entretenimento esse amistoso foi um divisor de águas.
Primeiro porque depois de 20 anos, não foi a Rede Globo quem transmitiu o jogo na TV aberta mas sim a Band.
Em segundo lugar a transmissão foi feita simultaneamente no youtube por ninguém menos do que Galvão Bueno.
A partida da seleção brasileira foi a estreia do “Canal GB”, empreitada de Galvão Bueno no YouTube.
Para completar a transmissão, Galvão convidou sua antiga equipe: o repórter Tino Marcos, o comentarista Casagrande e o mais famoso comentarista de arbitragem, Arnaldo Cesar Coelho.
Claro que a Rede Globo, não ia deixar de retaliar essa provocação.
Como Arnaldo César Coelho tem uma emissora do interior do estado do Rio que é concessionária da Rede Globo, a emissora pressionou Arnaldo a recusar convite de Galvão ao qual ele já tinha aceito publicamente.
“A Globo não gostou muito, mas o que eu posso fazer? E ainda tenho contrato com a Globo. Só fiquei chateado com a proibição do Arnaldo de participar comigo. O Arnaldo não tem mais contrato com a Globo desde 2018, mas ele tem uma televisão que é afiliada. No contrato lá de trás, não pode participar de nada sem aprovação e depois as coisas mudaram, mas o contrato dele tem 32 anos. Não sei o que houve. Ficaram chateados”, minimizou Galvão Bueno, em entrevista ao Flow Podcast.
“A primeira pessoa com quem eu falei quando surgiu isso foi o Arnaldo. As aspas dele foram as seguintes: 'claro que pode, Galvão'. Então, ele ficou feliz da vida, eu também... Eu lamento porque não era pra ele trabalhar comigo. Era um momento de juntar uma dupla que trabalhou 30 anos juntos. Nós somos amigos mesmo", disse Galvão.
Porém, os 'Darth Vaders' da Globo não vêm assim e não querem nem saber das décadas que tanto Galvão quanto o ex-árbitro dedicaram à empresa.
De forma fria e insensível a Globo inviabilizou o reencontro. A pergunta que fica na cabeça do telespectador é:
– Pode isso, Arnaldo?
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.