Picolé de chuchu ou urubu à espreita?

24/03/2023 às 12:44 Ler na área do assinante

No reboliço causado nos últimos dias pela declaração de Lula da Silva ao Canal lulista 247, de que quer “f...” Moro, dando a entender que sua meta imediata seria “vingança” contra todos os que de forma direta ou indireta foram responsáveis por sua condenação e prisão dentro da Operação Lava Jato, seguida, no dia seguinte dessa declaração, da desarticulação pela Policia Federal de um plano para sequestrar e matar o senador Sérgio Moro, sua mulher e filhos, e outras autoridades e/ou políticos, com prisão de 9 (nove) suspeitos flagrados na Operação, a ÚNICA pessoa no Brasil que ficou em completo silêncio, “pensando” não se sabe exatamente o quê, “coincidentente”, foi o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que assumiria a vaga de Lula no caso do seu impedimento.

Quem tiver alguma capacidade de observação de algumas “crueldades” da Natureza, e discernimento “associativo”, não poderá deixar de vincular o “silêncio” do atual Vice-Presidente, com a “espreita” de algum bando de urubus sobre um animal ferido e moribundo em terra, prestes a tombar, ser atacado e comido vorazmente pelos famintos animais.                                       

É por isso que parece ser um ditame da Natureza a verossilhança entre muitos instintos primitivos dos animais racionais e irracionais. A “espreita” certamente é um deles.

A história politica do Brasil está repleta de exemplos de “reservas” da Presidência que assumiram a vaga deixada pelos titulares em face do falecimento do Presidente eleito “indiretamente”, no caso do “vice” José Sarney (1985-1990), que assumiu no lugar de Tancredo Neves, que morreu antes de assumir, seja por impeachment, nos casos de Itamar Franco (1992-1995), que assumiu o lugar do Presidente Fernando Collor, impichado, e de Michel Temer (2016-2018), que ficou no lugar da Presidente Dilma Rousseff, igualmente impichada.

Comentam por aí as “más línguas”, que Michel Temer teria dado uma “forcinha” para impichar Dilma Rousseff, acusação essa recentemente reforçada pelo Presidente Lula aos seus “colegas” do Foro de Puebla, e que igualmente Itamar Franco teria ficado na torcida pelo impeachment de Collor. Mas nada foi provado até hoje. Portanto: “processos arquivados por falta de provas”.

O primeiro passo para um eventual próximo impeachment, no caso do Presidente Lula da Silva, já foi dado. O Deputado Federal Bibo Nunes (RS), acaba de protocolar um requerimento de impedimento contra o Presidente Lula da Silva.

Repetir-se-ão os processos de impeachment que afastaram Fernando Collor e Dilma Rousseff? Qual a opinião do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin?

Mas de todos os impedimentos presidenciais levados a efeito até hoje nenhum deles seria tão festejado pela população realmente politizada, como se uma graça divina viesse dos céus” - “apesar dos pesares” de quem iria assumir o seu lugar - seria certamente o impeachment de Lula da Silva. 

A esperança num futuro melhor estaria renovada. Rezemos para que o Congresso Nacional abrace essa causa do Povo Brasileiro e evite que ele caia no abismo que está logo à frente!

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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