Esposa de Rui Costa chora

Aline Peixoto tem graduação em enfermagem. Se uma enfermeira em qualquer estado do Brasil se candidatasse ao cargo vitalício de Conselheira de um Tribunal de Contas, estadual, federal ou municipal, seria motivo de piada e, claro, não teria a menor chance.

Até porque, a qualificação adequada para esses tribunais seria formação em direito, economia ou ciências contábeis.

Aline, entretanto, não é uma enfermeira qualquer. Ela é esposa de Rui Costa, ministro da Casa Civil de Lula e ex-governador da Bahia.

Ela foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) para concorrer ao cargo contra outro político o ex-deputado Tom Araújo.

Mas, ser aprovada para concorrer a um cargo vitalício, sem concurso, com salário de R$ 41.000,00 mensais não é o suficiente.

Como uma Meghan Markle soteropolitana, ela teve que posar de vítima:

"Já faz algumas semanas que, quando o meu nome foi colocado para apreciação da Assembleia Legislativa como postulante ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas, passei a ser alvo sistemático de uma série de ataques. Críticas são normais na democracia e eu as aceito naturalmente, ainda que discorde delas. O problema maior é que muitas dessas críticas foram de cunho pessoal, verdadeiras agressões a uma mulher, tentando me desqualificar apenas por eu ser casada com o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa."

Ignorando a afronta que sua candidatura é aos princípios mais básicos da ética pública, Aline, aos prantos, continuou o mimimi:

"É como se apontassem um dedo para mim e falassem que uma mulher não pode ocupar um cargo de conselheira no Tribunal de Contas."

Não Aline, ‘uma mulher’ tem todo direito de concorrer ao cargo de Conselheira de um Tribunal de Contas, quem não pode são ex-primeiras damas sem a qualificação necessária como infelizmente já acontece no Amapá, Alagoas e Piauí.