O 'suspeitíssimo' juiz da Lava Jato

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O Ministério Publico Federal verbalizou o que está na cabeça de todos os brasileiros que defendem o combate implacável à corrupção. Pediu à Justiça que declare suspeito Eduardo Appio, novo magistrado titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, nos casos da Operação Lava Jato.

Numa peça jurídica tão dura quanto bem escrita, a procuradora Carolina Bonfadini de Sá lista inúmeras situações onde o juiz Eduardo Appio deixou claro sua aversão à Lava-Jato e ao então juiz titular Sérgio Moro.

Como se não bastasse isso, o magistrado ainda adotou uma assinatura no sistema eletrônico da Justiça absolutamente reprovável: LUL22. Passando longe do comportamento isento inerente aos magistrados. Se ele assinasse BOLS22 também seria condenável. Imparcialidade é fundamental para um juiz.

Não contente em manifestar 'apoio' à candidatura de Lula – candidato condenado por inúmeros colegas dele – Appio foi além e fez uma doação à campanha do ex-presidiário.

Assim, a representação assinada pela procuradora Carolina Bonfadini de Sá, cita a adoção da assinatura “LUL22” no sistema da Justiça e a doação à campanha de Lula em 2022.

Veja esse trecho, assustador da petição:

Procuradoria da República no Paraná Núcleo de Combate à Corrupção crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro na aludida Operação LavaJato, que ainda tramita perante a 13ª Vara Federal de Curitiba. Outrossim, o genitor do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, quando em vida, foi citado como leniente, no Acordo de Leniência firmado entre o Ministério Público Federal- MPF e a Odebrecht. Nessa toada, crucial enfatizar, com o escopo de evidenciar as inúmeras notícias veiculadas pelos diversos meios de comunicação, que, em consulta à plataforma “Twitter”, constata-se que o usuário de nome Eduardo Appio, em sua conta pessoal “@appioeduardo1” segue 37 pessoas, sendo 21 políticos ou ex políticos, tais como: - Gleisi Hoffmann (PT), Henrique Fontana (PT), Sâmia Bonfim (PSOL), David Miranda (PDT), Paulo Paim (PT), Lindbergh Farias (PT), Jandira Fedeghali (PT), Alessandro Molon (PSB), Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade), Glauber Braga (PSOL), Rui Costa (PT), Jaques Wagner (PT), Roberto Requião (PT), Marcelo Freixo, Paulo Pimenta (PT), Flávio Dino (Partido Socialista Brasileiro), Guilherme Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT), Luís Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Maria do Rosário (PT). 

E a procuradora Carolina Bonfadini de Sá, continua:

Com este panorama jurídico, não se pode crer, decididamente, que o excepto (Eduardo Appio) irá realizar um julgamento justo e imparcial nos processos que tramitam perante a 13ª Vara Federal de Curitiba, oriundos da Operação LavaJato. (...)

O simples fato de se cogitar o nome de um juiz que tinha tanto desprezo pela Lava-Jato para concluir seus processos é uma ofensa à inteligência do pagador de impostos brasileiro.

Com todos seus pequenos problemas e equívocos, a Lava-Jato será sempre lembrada como um dos momentos mais nobres da história brasileira, quando um pequeno grupo de magistrados, procuradores e agentes da Policia Federal enfrentou um MECANISMO bilionário de corrupção, perfídia e a cleptocracia que mantém nossa rica nação entre os países mais violentos, desiguais e de notória impunidade. Por um momento a ‘Republica de Curitiba’ transformou o Brasil, numa nação séria e altiva, deixando o estigma de ‘república de bananas’.

da Redação Ler comentários e comentar