A nova investida de Maduro

09/03/2023 às 12:45 Ler na área do assinante

(Reprodução/Internet)

Segundo a ONG Centro Para os Defensores e a Justiça (CDJ), foram registrados 105 ataques e incidentes contra defensores de direitos humanos na Venezuela, em janeiro deste ano. Noventa casos a mais do que em dezembro de 2022.

O número disparou porque o governo do ditador Nicolás Maduro resolveu colocar em prática uma campanha sistemática em favor de uma lei que pretende monitorar as atividades e o financiamento das organizações não governamentais que ainda "ousam" atuar no país e denunciam a má gestão do esquerdista.

O Centro destacou que os ataques ocorrem em várias esferas, mas quase todas as pessoas e entidades envolvidas têm alguma relação com o Governo Maduro.

Foram 68 casos de estigmatização, 25 de intimidação e assédio, 10 ameaças, uma detenção irregular e um ataque na internet.

Ainda de acordo com relatório da ONG, 50% dos ataques são feitos por funcionários públicos, 29% meio de comunicação totalmente vinculados à ditadura, 17% pessoas ou grupos, 3% instituições públicas e 1% organizações de segurança.

O projeto de lei está sendo avaliado pelo Parlamento, composto em boa parte por aliados de Maduro - e vai obrigar as ONGs a se registrarem no governo. Feito esse cadastro, será possível para o ditador rastrear todos os dados e funcionários envolvidos e, futuramente, encerrar as atividades ou aplicar multas, se for necessário.