O tsunami chegou...

Ricardo Pessoa era o "gerente" do cartel dos empreiteiros

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A temida delação premiada do Presidente da UTC está vindo a público, com grandes ondas que poderão se transformar num tsunami para arrasar muita coisa no meio político.

Uma grande parte já era conhecida. É só consultar as doações nos sítios da Justiça Federal para saber das contribuições feitas pela UTC aos partidos e aos políticos. Tudo nos termos da lei.

O fato político, ainda não provado objetivamente, é que a fonte desses recursos seria de superfaturamentos em contratos com a Petrobras e outras estatais. Como os sobrepreços nesses contratos tem um percentual muito baixo é dificil caracterizar um preço abusivo ou acima do mercado. A principal fonte dos recursos do "esquema" foi o de contratos para serviços desnecessários. Objetivamente, a empresa poderá demonstrar que tinha lucros suficientes para fazer as doações. O resto é o domínio dos fatos. Verdadeiros, mas que juridicamente precisam ser comprovados. Para indignação da sociedade.

O que se procura demonstrar é que foi formado um cartel para dividir os serviços, e que Ricardo Pessoa era o chefe do "clube". Ele procurou mostrar que era apenas o gerente e operava o que era decidido por um colegiado o qual tinha como principais integrantes a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. 

O seu objetivo, com a delação, foi de que os maiorais também fossem hospedados naquele menos estrelas de Curitiba. Conseguiu o seu objetivo. 

A partir dai o maremoto que causou perde importância. O importante é a destruição que o tsunami resultante está e vai causar.  

Jorge Hori

http://iejorgehori.blogspot.com.br/

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Jorge Hori

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