Foto Reprodução/Internet
A Rede Globo atravessa sua maior crise.
Por um lado, ela tem cortado custos, demitindo em série.
Por outro, as estrelas que ela pretendia manter estão migrando para outras emissoras ou para as bilionárias empresas de streaming (Netflix, Apple, Paramount etc).
A baixa mais recente foi a do famoso ator Matheus Nachtergaele.
A emissora optou por fazer com Nachtergaele o mesmo procedimento que adotado com Marieta Severo, Osmar Prado, Marjorie Estiano, Isis Valverde, Antonio Fagundes, Stenio Garcia e Jayme Matarazzo – ao final dos contratos desses atores, a emissora simplesmente não renovou, abrindo mão da exclusividade que manteve com os mesmos durante décadas.
Filho de belgas, Matheus é paulistano e destacou primeiro no teatro. Estreou na Globo em dois episódios da série A Comédia da Vida Privada (1997).
Na sequência, viveu papéis inesquecíveis como a travesti Cintura Fina, em Hilda Furacão (1998), e o trapaceiro João Grilo, em O Auto da Compadecida (1999), minissérie que virou filme depois.
Em depoimento ao centro de memória das Organizações Globo, Nachtergaele revelou:
"O Auto mudou nossas vidas, a minha e a do Selton [Mello]. Até hoje o personagem é lembrado. Essa é uma peça política. João sabe como sobreviver ao Brasil oficial, aos poderes representados pelo padre, pelo bispo, pelo coronel, pelo padeiro, que é o pequeno patrão burguês".
O intérprete emendou papéis em A Muralha (2000), Os Maias (2001), Pastores da Noite (2002), Da Cor do Pecado (2004), América (2005), Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), Queridos Amigos (2008), Ó Paí, Ó (2008-2009), Decamerão: A Comédia do Sexo (2009), Cordel Encantado (2011), Saramandaia (2013), Serra Pelada (2014), Filhos da Pátria (2017-2019) e Todas as Mulheres do Mundo (2020).
Seu ultimo trabalho na Globo ainda nem foi para o ar. Trata-se da 3ª temporada da série Cine Holliúdy.
Com o fim da política de contratos fixos para elenco, a Globo pretende enxugar a folha de pagamento e evitar que atores recebam salários sem estar trabalhando.
Porém, diante de tantos percalços, o que sufoca mesmo a emissora é a queda fulminante em sua credibilidade. Um caminho sem volta. A maior crise.
Que situação...
Não existe mais outra saída!
O "sistema" conseguiu o que queria: Calou todas as vozes conservadoras.
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