Ministra de Lula fica "possessa" com prisão de indígenas, mas estranhamente se cala sobre situação do cacique Sererê

A Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, uma chefe das recém-criadas pastas do Governo do ex-presidiário Lula (PT), está "indignada" porque três lideranças indígenas da etnia Kaiowá, Laranjeira e Nhanderu, do Mato Grosso do Sul, foram presas após invadirem uma propriedade no Estado.

Os índios Clara Barbosa, Adauto Barbosa e Lucimar Centurião foram presos acusados de esbulho possessório (é um dos tipos de lesão possessória caracterizado pela perda da posse ou da propriedade de um determinado bem em virtude de violência, clandestinidade ou precariedade), resistência e desobediência.

Os três ocuparam a Fazenda de Inho, no município de Rio Brilhante, uma área que ainda está em processo de regularização fundiária pela Funai.

Revoltada com a situação dos amigos, Sonia - vejam só - notificou o governador do MS, Eduardo Riedel, exigindo providências sobre o caso.

- É inadmissível que uma ação como esta avance sob corpos e territórios indígenas com tamanha violência, como foi relatado. Os Guarani-Kaiowá estão ali lutando pelo direito que lhes é garantido por lei e sabem que podem contar com o apoio e resguardo tanto do MPI - declarou.

Estranhamente, a ministra do PT tem se calado com relação ao cárcere do cacique Sererê Xavante, que está preso desde dezembro do ano passado, por defender pautas de direita e conservadoras. 

Sererê já perdeu 25 quilos e a imprensa noticiou que ele até teria sofrido uma parada cardíaca dentro da penitenciária, mas a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE/DF) não confirmou.

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