Com rejeição gigante de Biden, cidadãos americanos parecem dispostos a tomar estranhíssima decisão
11/02/2023 às 16:52 Ler na área do assinanteO fundador do Wagner Group, o russo Yevgeny Prigozhin, anunciou que após lançar um convite nas redes sociais milhares de americanos aplicaram para se engajar na guerra para lutar pela... Rússia!
O Wagner Group é um exército militar privado (uma empresa de mercenários) que prestam serviços em vários conflitos ao redor do mundo, especialmente para a Federação Russa. Talvez pareça uma maluquice russa, mas a verdade é que as PMC (empresas militares privadas) são amplamente usadas em todos mundo, especialmente nos Estados Unidos. Uma das maiores, a Vinnell Corporation está localizada no estado da Virginia, onde o professor Olavo se Carvalho residiu boa parte da sua vida – no mesmo estado também está localizada outra gigante do ramo a americana L-3 MPRI. Israel, Reino Unido e África do Sul, também grandes empresas nessa área que faturam bilhões de dólares.
Voltando ao Wagner Group, seu diretor Yevgeny Prigoizhin, disse que parou completamente com o recrutamento de presidiários russos – sim, isso acontecia – depois da boa receptividade que teve de cidadãos americanos, após postar uma propaganda com a proposta para o perigoso trabalho militar em zonas de conflito. Cabe explicar que tanto na Rússia, quanto nos Estados Unidos, uma parte significativa da população tem treinamento militar e experiência em combate.
A informação veio de uma resposta oficial à CNN nas redes sociais da empresa. A tv americana perguntou porque o grupo Wagner havia parado. Também veiculada por veículos tradicionais como a Revista Newsweek, com 89 anos de existência, a notícia repercutiu.
É claro que o governo não vai permitir que cidadãos americanos lutem pela arqui-inimiga Rússia, mas analistas entendem que isso é um reflexo da forte rejeição ao governo Biden que apoia abertamente a Ucrânia. A aversão é tamanha que veteranos de guerra americanos cogitam lutar pela nação que eles cresceram odiando.
É esse fragilíssimo Biden que acaba de receber o presidente brasileiro Lula, que também vive um momento de profundo desgaste no Brasil. É o típico abraço dos afogados.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.