Bancos prometem "infernizar" Lemann, Telles e Sicupira até ter o dinheiro de volta

07/02/2023 às 13:07 Ler na área do assinante

Tanto os bancos, que fizeram empréstimos bilionários a Americanas, quanto os milhares de sócios minoritários, estão se sentindo prejudicados com o rombo financeiro dado pelo "Trio Mágico" (Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira), que comanda o grupo por mais de 40 anos.

Eles afirmam que há "inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões", que aponta para gestão fraudulenta com a ajuda de vários funcionários do alto escalão da empresa, ao longo de muitos anos.

As instituições financeiras solicitaram à Justiça que tivessem acesso aos emails dos bilionários e outras formas de comunicação entre eles e os executivos da empresa para constatar se houve a fraude. Além disso, pediram o depoimento do ex-CEO Sérgio Rial, que ficou no cargo apenas nove dias.

Se for comprovada a "atitude dolosa", o patrimônio dos sócios majoritários será acionado para quitação da dívida deixada. Uma espécie de último recurso para pagamento do débito.

Os bancos acreditam que na recuperação judicial, a Americanas irá solicitar um desconto de 80% a 90% das dívidas; o que eles rechaçam.

Os bancos estão em contato entre si diariamente para fechar um valor a ser cobrado e para garantir que será aprovada a desconsideração da personalidade jurídica da Americanas; fazendo com que o "Trio Mágico" pague pelo rombo praticado. No entanto, os advogados sabem que não será tarefa fácil atingir o patrimônio dos bilionários.