Deputado e médico ‘confundido’ com ‘picolezeiro’, processa rede social e ‘ganha’ R$ 490 mil
19/12/2016 às 08:31 Ler na área do assinanteO deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), foi candidato a prefeito da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul no último pleito eleitoral.
Médico, durante a campanha, por iniciativa própria ele posou para foto conduzindo um ‘carrinho de picolé’, uma coisa bem demagógica, tentando passar a imagem de quem teria tido uma infância pobre e trabalhado como ‘picolezeiro’ para ajudar na renda mensal da família.
Adversários políticos, espertos e criativos, utilizaram a imagem do deputado carregando o carrinho de picolé e criaram no Facebook a página ‘Geraldo Resende vendendo picolé em várias partes da cidade’.
Estranhamente, Resende, ofendido, entrou com ação requerendo a retirada da tal página da rede social.
O pedido foi acatado, pois considerou que a página ‘extrapola os limites da liberdade de expressão’.
A juíza prolatora da decisão, Daniela Vieira Tardin, determinou que o Facebook retirasse a página do ar em 24 horas e estipulou multa diária de R$ 10 mil para caso de descumprimento.
A decisão não foi cumprida.
Diante disso, a juíza condenou o Facebook a pagar o valor de R$ 490 mil ao ‘ex-picolezeiro’.
Certamente o Facebook irá recorrer, pois a decisão é esdruxula.
Lívia Martins
liviamartins.jornaldacidade@gmail.com