
O país onde os bandidos processam o delegado, o promotor e o juiz e zombam da Constituição
17/12/2016 às 08:57 Ler na área do assinante
Vivemos novos dias, não há dúvida.
Há pouco tempo, jamais imaginaríamos tantos políticos presos, uma empresa como a Odebrecht emparedada por conta de suas práticas ilícitas, o bilionário proprietário da Odebrecht também preso, junto com outros milionários e algumas outrora autoridades poderosas, além de um ex-presidente respondendo a três processos-crimes, por conta da corrupção que grassou em seu governo.
Todavia, não obstante todos esses avanços no que diz respeito ao combate direto à corrupção, algumas questões fundamentais precisam ser resolvidas, para que o povo efetivamente possa ter crença em nossas instituições.
O Judiciário precisa acabar com os cambalachos entre os seus membros, os tais penduricalhos, uma coisa vergonhosa, mas que dá margem a que um sujeito da estirpe de um Renan Calheiros, tenha argumentos para confrontar até mesmo o STF. Ou que Lula proponha uma ação contra o procurador Deltan Dallagnoll pedindo 1 milhão de reais a título indenização por supostos danos morais.
É um absurdo que membros do Judiciário e também do Ministério Público, todos os meses façam arranjos estapafúrdios para dobrar, triplicar ou quadruplicar os seus salários.
O teto constitucional é um excelente salário e essa turma precisa se convencer disso.
Caso contrário, o bandido sempre terá coragem de enfrentar o delegado, o promotor, o juiz e o STF.
Gonçalo Mendes Neto
redação@jornalcidadeonline.com.br