SP tem 280 menores de 18 anos em transição de gênero

31/01/2023 às 06:47 Ler na área do assinante

Pode não parecer, mas o mundo lá fora possui mais pessoas querendo mudar de sexo do que se imagina.

Apenas o Hospital das Clínicas de São Paulo tem 380 pacientes sendo atendidos para realizar a transição de gênero. Deste contingente, 280 são menores de 18 anos, sendo 100 crianças entre 4 e 12 anos e 180 adolescentes dos 13 aos 17 anos.

Os grupos ativistas da ideologia de gênero acreditam que quanto antes os pacientes se submeterem ao processo de tratamento, melhor. Mas, quem se habilita a receber a troca de sexo desconhece que a mudança de gênero não é nada fácil. Ela envolve riscos e sequelas que, muitas vezes, não são divulgadas.

À princípio, os pacientes recebem inibidores da puberdade, harmonização cruzada e a tão sonhada cirurgia de redesignação sexual.

Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha retirado o transtorno de identidade de gênero da lista de saúde mental, em 2018, segundo artigo científico publicado no American Journal of Pshychiatry, em 2020, a transição não traz os benefícios esperados.

Em primeiro lugar, os médicos psiquiatras Richard Bränström e John E. Pachankis destacaram que o argumento de que a transição deveria ser feita para benefício da saúde mental do paciente e prevenção do suicídio é, no mínimo, contestável.

- Os resultados demonstraram não haver vantagem na realização da cirurgia no que diz respeito a visitas ao médico ou prescrição de medicamento devido a desordens de humor ou ansiedade ou à hospitalização após tentativa de suicídio - admitiram os cientistas, cuja pesquisa foi realizada com 2.679 pessoas, que receberam diagnóstico de transexualismo ou incongruência de gênero entre 2005 e 2015 na Suécia.

Essa constatação, no entanto, não é novidade. Estudos anteriores confirmam que pessoas trans, que foram submetidas ao tratamento irreversível, têm se arrependido do procedimento. Sem ter como alterá-los, muitos se suicidam porque, quando realizaram as transformações, ainda não conheciam bem o próprio corpo e muito menos o impacto causado a longo prazo.

Apesar da falta de consenso da comunidade médica, inclusive a internacional, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil continua oferecendo o tratamento gratuito.