Lula está vendendo o Brasil...

26/01/2023 às 12:43 Ler na área do assinante

Vaca Muerta! Esse é o nome do gasoduto argentino onde Lula pretende injetar alguns bilhões de reais do suado povo brasileiro.

De nada adiantou as experiências catastróficas do PT e do BNDES como a do Porto de Mariel em Cuba onde o BNDES incinerou R$ 3,7 bilhões de reais (682 milhões de dólares), que só serviu para irrigar esquemas de corrupção. Cuba sequer tem volume de exportações ou importações para viabilizar a operação do tal Porto.

Nesta segunda feira (23) em Buenos Aires, o presidente Lula, afirmou que o BNDES financiará a parte do gasoduto e justificou assim:

“Eu tenho certeza que os empresários brasileiros têm interesse no gasoduto, nos fertilizantes, no conhecimento científico e tecnológico que a Argentina tem. E, se há interesse dos empresários e dos governos, e nós temos um banco de desenvolvimento para isso, vamos criar as condições para fazer o financiamento que a gente puder fazer para ajudar no gasoduto argentino”, disse. 

E o que o povo brasileiro ganha com isso? Nada, absolutamente nada. Sabe quanto o quebrado governo argentino quer? Os mesmos R$ 3,7 bilhões (U$ 689 milhões) que Cuba levou pelo Porto de Mariel.

Em dezembro, a secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, anunciou que seu país contava com uma bolada em financiamento do BNDES para concluir a construção do 2º trecho do gasoduto. 

Para Lula, críticas feitas a operações do BNDES no exterior, muito criticadas em seus mandatos anteriores, são fruto de “pura ignorância”:

“De vez em quando, no Brasil, somos criticados por pura ignorância, pessoas que acham que não pode haver financiamento para outros países. E eu acho que, não só pode, como é necessário que o Brasil ajude a todos os seus parceiros dentro das possibilidades econômicas do nosso país. O BNDES é muito grande”, disse.

Não Sr. Presidente, com todo respeito, é o senhor que parece ignorar a história recente de financiamentos escabrosos do BNDES que resultaram em prisões, impeachment, assassinatos na Colômbia e pelo menos um caso de suicídio, de ex-presidente peruano, Alan Garcia.

Porém ao contrário da Velha Imprensa, nós estamos daqui para refrescar a memória de todos com o singelo intuito de evitar que venhamos a repetir os mesmos erros:

1) Hidrelétrica de San Francisco (Equador)

Valor da obra – US$ 243 milhões

Empresa responsável – Odebrecht

Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa brasileira sobre defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi expulsa do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.

2) Hidrelétrica Manduriacu (Equador)

Valor da obra – US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES)

Empresa responsável – Odebrecht

Após 3 anos, os dois países ‘reatam relações’, e apesar da ameaça de calote, o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.

3) Hidroelétrica de Chaglla (Peru)

Valor da obra – R$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES)

Empresa responsável – Odebrecht

4) Metrô Cidade do Panamá (Panamá)

Valor da obra – US$ 1 bilhão

Empresa responsável – Odebrecht

5) Autopista Madden-Colón (Panamá)

Valor da obra – US$ 152,8 milhões

Empresa responsável – Odebrecht

6) Aqueduto de Chaco (Argentina)

Valor da obra – US$ 180 milhões do BNDES

Empresa responsável – OAS

7) Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina)

Valor – US$ 1,5 bilhões do BNDES

Empresa responsável – Odebrecht.

8) Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)

Valor da obra – US$ 732 milhões

Empresa responsável – Odebrecht

9) Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela)

Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES).

Empresa responsável – Odebrecht

10) Barragem de Moamba Major (Moçambique)

Valor da obra – US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES)

Empresa responsável – Andrade Gutierrez

11) Aeroporto de Nacala (Moçambique)

Valor da obra – US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES)

Empresa responsável – Odebrecht (esse aeroporto aliás, esta abandonado)

13) BRT da capital Maputo (Moçambique)

Valor da obra – US$ 220 milhões (US$ 180 milhões por parte do BNDES)

Empresa responsável – Odebrecht

14) Hidrelétrica de Tumarín (Nicarágua)

Valor da obra – US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões)

Empresa responsável – Queiroz Galvão

*A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica.

15) Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia)

Valor da obra – US$ 199 milhões

Empresa responsável – Queiroz Galvão

16) Exportação de 127 ônibus (Colômbia)

Valor – US$ 26,8 milhões

Empresa responsável – San Marino

17) Exportação de 20 aviões (Argentina)

Valor – US$ 595 milhões

Empresa responsável – Embraer

18) Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru)

Valor – Não informado

Empresa responsável – Andrade Gutierrez

19) Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai)

Valor – Não informado

Empresa responsável – OAS

20) Via Expressa Luanda/Kifangondo

Valor – Não informado

Empresa responsável – Queiroz Galvão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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