Vaca Muerta! Esse é o nome do gasoduto argentino onde Lula pretende injetar alguns bilhões de reais do suado povo brasileiro.
De nada adiantou as experiências catastróficas do PT e do BNDES como a do Porto de Mariel em Cuba onde o BNDES incinerou R$ 3,7 bilhões de reais (682 milhões de dólares), que só serviu para irrigar esquemas de corrupção. Cuba sequer tem volume de exportações ou importações para viabilizar a operação do tal Porto.
Nesta segunda feira (23) em Buenos Aires, o presidente Lula, afirmou que o BNDES financiará a parte do gasoduto e justificou assim:
“Eu tenho certeza que os empresários brasileiros têm interesse no gasoduto, nos fertilizantes, no conhecimento científico e tecnológico que a Argentina tem. E, se há interesse dos empresários e dos governos, e nós temos um banco de desenvolvimento para isso, vamos criar as condições para fazer o financiamento que a gente puder fazer para ajudar no gasoduto argentino”, disse.
E o que o povo brasileiro ganha com isso? Nada, absolutamente nada. Sabe quanto o quebrado governo argentino quer? Os mesmos R$ 3,7 bilhões (U$ 689 milhões) que Cuba levou pelo Porto de Mariel.
Em dezembro, a secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, anunciou que seu país contava com uma bolada em financiamento do BNDES para concluir a construção do 2º trecho do gasoduto.
Para Lula, críticas feitas a operações do BNDES no exterior, muito criticadas em seus mandatos anteriores, são fruto de “pura ignorância”:
“De vez em quando, no Brasil, somos criticados por pura ignorância, pessoas que acham que não pode haver financiamento para outros países. E eu acho que, não só pode, como é necessário que o Brasil ajude a todos os seus parceiros dentro das possibilidades econômicas do nosso país. O BNDES é muito grande”, disse.
Não Sr. Presidente, com todo respeito, é o senhor que parece ignorar a história recente de financiamentos escabrosos do BNDES que resultaram em prisões, impeachment, assassinatos na Colômbia e pelo menos um caso de suicídio, de ex-presidente peruano, Alan Garcia.
Porém ao contrário da Velha Imprensa, nós estamos daqui para refrescar a memória de todos com o singelo intuito de evitar que venhamos a repetir os mesmos erros:
1) Hidrelétrica de San Francisco (Equador)
Valor da obra – US$ 243 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa brasileira sobre defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi expulsa do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.
2) Hidrelétrica Manduriacu (Equador)
Valor da obra – US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Após 3 anos, os dois países ‘reatam relações’, e apesar da ameaça de calote, o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.
3) Hidroelétrica de Chaglla (Peru)
Valor da obra – R$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
4) Metrô Cidade do Panamá (Panamá)
Valor da obra – US$ 1 bilhão
Empresa responsável – Odebrecht
5) Autopista Madden-Colón (Panamá)
Valor da obra – US$ 152,8 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
6) Aqueduto de Chaco (Argentina)
Valor da obra – US$ 180 milhões do BNDES
Empresa responsável – OAS
7) Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina)
Valor – US$ 1,5 bilhões do BNDES
Empresa responsável – Odebrecht.
8) Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)
Valor da obra – US$ 732 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
9) Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela)
Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES).
Empresa responsável – Odebrecht
10) Barragem de Moamba Major (Moçambique)
Valor da obra – US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Andrade Gutierrez
11) Aeroporto de Nacala (Moçambique)
Valor da obra – US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht (esse aeroporto aliás, esta abandonado)
13) BRT da capital Maputo (Moçambique)
Valor da obra – US$ 220 milhões (US$ 180 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
14) Hidrelétrica de Tumarín (Nicarágua)
Valor da obra – US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões)
Empresa responsável – Queiroz Galvão
*A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica.
15) Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia)
Valor da obra – US$ 199 milhões
Empresa responsável – Queiroz Galvão
16) Exportação de 127 ônibus (Colômbia)
Valor – US$ 26,8 milhões
Empresa responsável – San Marino
17) Exportação de 20 aviões (Argentina)
Valor – US$ 595 milhões
Empresa responsável – Embraer
18) Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru)
Valor – Não informado
Empresa responsável – Andrade Gutierrez
19) Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai)
Valor – Não informado
Empresa responsável – OAS
20) Via Expressa Luanda/Kifangondo
Valor – Não informado
Empresa responsável – Queiroz Galvão
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.