Na cara-dura, Simone afirma que Lula descumprirá promessa de campanha sobre isenção do IR
23/01/2023 às 16:56 Ler na área do assinante(Ricardo Stuckert/Divulgação)
A ministra do Planejamento e Orçamento do Governo Lula (PT), Simone Tebet (MDB), afirmou, na semana passada, que o ex-presidiário não cumprirá promessa de campanha de isentar milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil. Na verdade, o petista ampliou a cota de pagamento e, agora, quem recebe até R$ 1.900 está obrigado a declarar o imposto.
- Se mexer na tabela do Imposto de Renda, nós não temos espaço fiscal hoje, enquanto o teto de gastos estiver aí e o novo arcabouço fiscal não vier. Se mexer na tabela do Imposto de Renda, isentando do Imposto de Renda uma camada classe média baixa, você vai ter que criar espaço fiscal de outro lado. Nós não podemos criar impostos, o Brasil não comporta mais. Então isso vai ser colocado na conta em uma análise política da Casa Civil e Fazenda. Se eu mexo na tabela de Imposto de Renda, eu estou deixando de arrecadar. Eu tenho um Orçamento para ser executado este ano - disse na cara-dura Tebet.
Após a polêmica de mais uma promessa violada, a senadora minimizou o descumprimento e disse que o governo terá ainda mais três anos para pensar sobre o caso.
- Eu posso fazer isso para o ano que vem. Temos quatro anos para isso. Você diminui a receita ao mexer na tabela. Tem que compensar com alguma coisa e isso depende de uma decisão política. Pode ser lucros e dividendos? É uma decisão política que, no ministério, nos cabe apenas o assessoramento - acrescentou.
Especialistas em economia garantem que Lula estava consciente do que falava quando fez a promessa de isenção do Imposto de Renda no ano passado para quem ganhava até R$ 5 mil. Após 16 anos de governo do PT, o ex-condenado da Lava Jato sabia muito bem que 91% dos empregados no Brasil ganhavam esse valor e que tocar nesse assunto representaria mais votos para a chapa dele.
Além da isenção do Imposto de Renda, Lula também não aumentou o salário mínimo em 2023 e pretende reduzir drasticamente o valor concedido de Auxílio Brasil e excluir parte dos beneficiários.
No mínimo, desastrosa essa gestão da esquerda para o trabalhador brasileiro.
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da Redação