Viúva de milionário da Mega-Sena vai a novo júri nesta terça-feira
13/12/2016 às 05:20 Ler na área do assinanteAdriana Ferreira Almeida, viúva de Renné Senna, que em 2005 ganhou sozinho o prêmio de R$ 52 milhões na Mega-Sena, será julgada novamente nesta terça-feira (13).
No dia 07 de janeiro de 2007, dois anos após receber o prêmio, o milionário foi assassinado, com quatro tiros, em um bar em Rio Bonito (RJ).
Adriana (a quem foi dada a alcunha pejorativa de ‘Égua Loura’), 25 anos mais jovem que Senna, foi apontada pela polícia como a mandante do crime, supostamente motivado pela herança.
Por Adriana, Renné modificou seu testamento. Os onze irmãos e a filha, antes os únicos beneficiários, passaram a ter de dividir com ela a herança em caso de morte.
Quatro dias antes do crime, Renné, em consulta habitual ao gerente do banco onde tinha o dinheiro depositado, descobriu que Adriana havia sacado R$ 300 mil da conta conjunta do casal para comprar uma cobertura em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Sem saber da negociação e desconfiado da infidelidade da mulher, Renné teria iniciado uma discussão, que resultou na saída da viúva de casa no dia seguinte. Ele teria avisado que retiraria o nome dela do testamento.
Na manhã do dia do dia do crime, Renné estava no bar do Penco, em Rio Bonito, sem seguranças, próximo à fazenda, quando dois homens encapuzados chegaram numa moto e o carona atirou em Renné, matando-o instantaneamente. As balas acertaram a nuca, a têmpora esquerda, o olho esquerdo e o queixo do milionário.
A possibilidade de assalto foi descartada pela polícia, já que os assassinos deixaram o relógio e o anel de ouro que Renné levava. Sua pochete, porém, foi roubada pelos bandidos.
No dia do crime, surgiram as primeiras acusações contra a viúva, vinda da família do morto. Ela havia passado o réveillon de 2006 com seu amante na tal cobertura em Arraial do Cabo.
A ex-cabeleireira foi a júri no dia 3 de dezembro de 2011. O julgamento durou cinco dias. Após o júri foi provado que alguns jurados descumpriram a obrigatoriedade da incomunicabilidade durante o período do julgamento.
Ficou demonstrado que alguns jurados abandonaram o hotel durante a noite e se dirigiram a um posto de gasolina, onde mantiveram conversa com pessoas estranhas.
O julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A ‘Égua Loura’ será novamente julgada nesta terça-feira.
da Redação