Professores doutores petistas tentam barrar palestra de Moro na Alemanha e se dão mal

11/12/2016 às 01:37 Ler na área do assinante

O professor Markus Pohlman é um sociólogo alemão, respeitadíssimo em todo o mundo, tendo em seu curriculum passagens por importantes universidades, tanto na Alemanha, quanto nos Estados Unidos, e atualmente lotado na Universidade de Heidelberg, uma das mais prestigiadas da Alemanha, fundada há mais de 600 anos (1386), oferecendo conceituadíssimos programas de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado em cerca de 100 disciplinas.

Pohlman, impressionado com o trabalho contra corrupção desenvolvido pela Operação Lava Jato, convidou o juiz Sérgio Moro para uma palestra na Instituição.

Professores doutores petistas, acadêmicos da Universidade de Heidelberg, destacando-se o ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff, o procurador da República e professor de Direito Internacional Público na Universidade de Brasília Eugênio de Aragão, tentaram intervir junto ao professor alemão no sentido de barrar a palestra do juiz brasileiro.

Em carta enviada a Pohlman, os petistas sustentaram que tratava-se de um juiz que ajudou a dar o golpe que depôs Dilma Rousseff; serve aos piores ‘interesses antidemocráticos’; tem como único interesse a prisão de Lula; tem a sua atuação investigada por órgão da ONU; divulgou de forma ilegal conversas de Lula em conluio com a Globo; atua sem respeitar as leis e a Constituição; e fornece informações sigilosas a órgãos de investigação dos EUA para pressionar os investigados.

O alemão respondeu a carta dos brasileiros nos seguintes termos: Moro é um convidado a falar num seminário sobre corrupção; o convite tem interesse científico; desde que a operação existe, a universidade quer conhecer o caso e debater a formação do cartel de empreiteiras; embora reconheça as controvérsias políticas, o que se quer é debater o combate à corrupção ligada à questão da economia; a palestra é pública, e haverá meia hora para que, durante o debate, críticos da operação se manifestem; o convite a Moro não tem nenhum viés político.

Em suma, ignorou a infame, despropositada e deselegante chiadeira petista e recebeu com honras o juiz brasileiro.

da Redação
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