O despreparo de Haddad e a economia jogada às traças

15/01/2023 às 07:21 Ler na área do assinante

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad fez um esdrúxulo anuncio, ao lado de suas colegas, Simone Tebet do Planejamento e Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

A meta é reduzir a despesa do governo federal e aumentar a arrecadação. Ou seja, vem aumento de impostos por aí.

Outra proposta ‘diminuir a litigiosidade entre as empresas e a Receita Federal’. Entenda-se que seria uma facilitação de renegociação de dívidas tributárias de empresas e cidadãos – O que se espera é que a exemplo de prefeituras, sejam oferecidos descontos substantivos para que os brasileiros coloquem em dia seus compromissos com o Fisco.

Ainda assim o mercado se mostra muito preocupado com às contas públicas. A ministra Ester Dweck anunciou a criação de um novo Conselho de Monitoramento e Avaliação e apesar de não dar muitos detalhes, ela adiantou que esse conselho “manutenção ou revisão de contratos e das políticas públicas – será feita uma analise profunda”. 

Esse comentário vago da ministra da Gestão, provocou calafrios no empresariado porque não ficou claro o que será ‘revisto’. As privatizações? Os contratos já firmados, por exemplo, pelo Ministério da Infraestrutura, que trará mais de R$ 400 bilhões de reais contratados em diversas obras em andamento, serão revistos?

O especialista da Trevisan Escola de Negócios, Acílio MArinello  avaliou que ‘Haddad vai buscar aumentar receitas, reduzindo a desoneração de impostos, voltando com ações mais contundentes nas negociações de débitos pendentes. Esperávamos algumas sinalizações de reduções de despesas, mas há, de qualquer forma, uma melhor sinalização fiscal”.

Apesar da boa vontade dos investidores, a Bolsa de Valores sentiu o golpe de empresas fechando fábricas ou revelando grandes prejuízos e o Ibovespa fechou em queda de 0,84% nesta sexta-feira (13), aos 110.916 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira teve sua segunda baixa consecutiva.

Realmente o forte do Mercado não é o coração. É o cérebro!

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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