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1ª delação da Odebrecht causa estragos inimagináveis (Veja os documentos)
10/12/2016 às 03:33 Ler na área do assinante
A delação do executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, é uma pequena amostra do conteúdo devastador do conjunto da obra.
A aparição mais inusitada foi do presidente Michel Temer.
O detalhe é que Melo é apenas um dos 77 executivos da empresa que assinaram o acordo de delação premiada.
Na realidade o documento de 82 páginas (veja abaixo o link, no final da matéria) é tão somente o ‘termo de confidencialidade’, uma espécie de ‘pré-delação’ efetivado antes da assinatura do acordo.
A primeira reação de Michel Temer foi a absoluta negativa, através de nota divulgada pelo Palácio do Planalto. O texto afirma que ‘as doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE’. E afirma ainda que ‘não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente’.
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Trecho do termo de confidencialidade
Um fato, porém, deve ser evidenciado no relato do executivo, a clareza da exposição e a riqueza de detalhes e observações.
Fica a nítida impressão que ao final da delação da empreiteira não restará pedra sobre pedra.
A classe política brasileira está soterrada na lama.
Resta à sociedade garantir o andamento da Operação Lava Jato e reiniciar o país, do ‘zero’.