MPF instaura inquérito contra Jovem Pan e emissora pode perder a concessão

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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar a conduta da Jovem Pan, do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, 66 anos.

Segundo o órgão, a emissora está sendo investigada por, supostamente, divulgar Fake News e incitar "atos antidemocráticos", em propagação de "notícias falsas" e "comentários abusivos".

A repressão contra a Jovem Pan e outros canais conservadores se fortaleceu ainda na campanha presidencial do ex-presidiário Lula (PT), mais precisamente entre setembro e outubro do ano passado, quando a JP sofreu, inclusive, represálias. Em seguida, assim que o ex-condenado da Lava Jato foi declarado presidente eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tutinha, então presidente do Grupo, demitiu todos os principais jornalistas de direita e mudou o editorial do jornal na tentativa de apaziguar os ânimos. Não deu certo. Meses depois, a televisão continua sendo monitorada pela esquerda, que considera o canal uma ameaça de extrema direita.

O MPF já realizou um levantamento sobre o tipo de conteúdo que a JP divulgou nos últimos meses e considerou que a empresa escalona matérias para, supostamente, estimular "atos golpistas e violentos em todo o país".

Além de reportagens passadas, a gota d'água foi a cobertura referente às invasões ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), no domingo (8), realizadas por manifestantes contrários à volta de Lula ao poder. A JP, segundo o órgão, minimizou "as motivações criminosas" e o experiente jornalista Alexandre Garcia, de 82 anos, contratado da empresa, foi acusado de legitimar as ações.

- Considerações de descrédito às instituições e ao processo democrático vêm ganhando fôlego na programação da Jovem Pan desde meados de 2022, antes mesmo do início do período eleitoral. Ataques infundados ao funcionamento das urnas eletrônicas e à atuação de membros do Judiciário foram cada vez mais constantes, acompanhados depois de suspeições sobre o próprio desfecho da eleição - diz matéria do MPF em site oficial do órgão.

O MPF já determinou que a JP forneça, em até 15 dias, a sua programação detalhada e os dados pessoais dos apresentadores e comentaristas dos programas Jovem Pan News, Morning Show, Os Pingos nos Is, Alexandre Garcia e Jovem Pan – 3 em 1. A estação de televisão também foi "orientada" a não excluir nenhum vídeo de seus canais no YouTube ou realizar qualquer alteração por lá.

Ao YouTube, o MPF ordenou a preservação da íntegra de todos os vídeos publicados pela Jovem Pan desde janeiro de 2022 até hoje, que poderão embasar "provas" contra a emissora.

Nesta segunda-feira (9), diante dos atos, Tutinha deixou a presidência do grupo. Em seu lugar, Roberto Araújo, que era CEO da emissora, assume o comando da empresa.

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