Na busca incessante pelo poder, Adriana articulou para que ex-marido fosse ministro do STJ
09/12/2016 às 06:39 Ler na área do assinanteA ex-primeira dama do Rio de Janeiro teve participação na organização criminosa chefiada pelo marido, o ex-governador Sérgio Cabral, muito maior do que se imagina.
A advogada Adriana Ancelmo se intrometia em tudo que diz respeito a administração e aos acertos e desacertos em torno dela, inclusive no que diz respeito aos atos e ações ilícitas.
Boa parte da propina ia para o controle de Adriana, era ela quem administrava.
E no tocantes às nomeações e indicações havidas durante a gestão de Cabral, a presença de Adriana, sugerindo e palpitando, era uma constante.
Foi assim que ela tentou conduzir o ex-marido, o advogado Sérgio Coelho, ao cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicação que, por negociações havidas entre Cabral e a ex-presidente Dilma Rousseff, seria do Rio de Janeiro.
O ex-governador tinha no entanto, um compromisso firmado com o então chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, que pretendia a vaga para o cunhado, Marco Aurélio Bellizze, até então desembargador.
Cabral sustentou o compromisso. Belllizze é atualmente ministro do STJ.
O episódio valeu a separação do casal Cabral - Adriana. A 1ª dama, na época, botou o governador para fora de casa.
E, de fato, chegaram a formalizar judicialmente a separação. Depois reataram, mas Adriana virou inimiga de seu mentor, Fichtner, o PMDB do Rio entrou em crise e a derrocada de Sérgio Cabral tomou contornos avassaladores, até a sua renúncia e, mais recentemente, sua desmoralizante prisão e as revelações das inúmeras relações promíscuas de Sérgio e Adriana, que, finalmente culminaram também com a prisão da ex-primeira dama.
Amanda Acosta
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