O triunfo das nulidades

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Apresento, abaixo, sentenças e aforismos muito adequados à nossa vergonha maior: o retorno de um ex-presidiário à “CENA DO CRIME” (o Palácio da Alvorada), expressão criada por Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente do Grande Larápio, Lula, a quem antes se referira.

Geraldo Alckmin é o vira-casaca mais descarado, mais despudorado e oportunista deste Brasil da piada pronta, já em si pátria de uma legião de despudorados oportunistas.

1. A primeira sentença eu a retiro do livro escrito pelo General Olímpio Mourão Filho intitulado “A VERDADE DE UM REVOLUCIONÁRIO DE 1978”. Aquela sentença cai como uma luva aos dias presentes, quando um semianalfabeto - apedeuta, ignorante de tudo menos de roubalheira, ex-presidiário por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro – volta ao Planalto, a tal “CENA DO CRIME”, pelas mãos amundiçadas do sistema:

"Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semianalfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo.
Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista.
E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso."

Palavras proféticas, esta do ilustre General Olímpio Mourão Filho. Proféticas tanto para 2003, ano da primeira chegada de Lula ao Planalto, quanto para o seu retorno em 2023. Só que Mourão não tinha ideia do ser deletério que adentraria o Planalto: além de “medíocre, ignorante, louco e semianalfabeto”, iria demonstrar ser o político mais corrupto jamais gestado no seio de uma democracia ocidental.

2. Prossigo com a doída (para ouvidos honrados) sentença de José Saramago, escritor português, prêmio Nobel de literatura e grande conhecedor das qualidades e desgraças dos brasileiros:

“Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos.”

Se pensarmos que o nosso mais destacado partido de ‘direita’, o PL, é presidido por um ex-presidiário, condenado na ação penal 470 (processo do Mensalão) por corrupção e lavagem de dinheiro, vemos, com grande tristeza, que Saramago estava coberto de razão quando escreveu a frase citada acima.

3. Cito agora o grande Montesquieu, famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais, inclusive a Constituição Brasileira.

“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.”

Isto se aplica também, claro, ao governante que assume já com seus princípios corrompidos – se alguma vez teve princípios – como Lula o faz agora e já o fizera em 2007, ao iniciar seu segundo mandato, após o escândalo do Mensalão. Como pau que nasce torto morre torto, foi neste segundo mandato que Lula, Dirceu et caterva produziram o Petrolão, a maior roubalheira de um governo de uma democracia ocidental.

“O hábito (veste) não faz o monge”, como ensinou William Shakespeare, mas o hábito (maneira de ser, comportamento) exorbita, sim, o corrupto.

4. Deixo para o final citação ‘hors concour’, do brilhante Ruy Barbosa, que se ajusta como uma luva ao processo eleitoral que vivenciamos recentemente e que acabou - por via de expedientes nada democráticos, nada isentos, nada constitucionais – por dar a ‘vitória’ ao ex-presidiário, o ‘Princeps Corruptorum’, Lula da Silva, e o permitiu voltar à “CENA DO CRIME”, o Palácio da Alvorada:

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

As nulidades (plural) a que se refere Ruy Barbosa, com muita propriedade podemos identificar o próprio Lula e os componentes de seus 37 (!) ministérios (os Estados Unidos têm apenas 15 Gabinetes Executivos – equivalentes ao nossos ministérios) talhados, não para resolver os problemas do Brasil – muito pelo contrário –, mas para saciar a fome de cargos, poder e dinheiro da pior e mais rastaquera horda de sanguessugas da História Política do Brasil.

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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