Numa economia assolada por uma seca prolongada, elevando sucessivamente as perdas de empregos, Brasília ‘se diverte’ com sucessivas bombas incendiárias.
O clamor das ruas mostrou que quer o ‘Fora Renan’. Por milhares de razões. Mas não por um ‘golpe’. Qualquer que seja a sua natureza.
A Presidente foi deposta, mas após um longo processo legal. Ela e seus defensores continuam afirmando que foi um golpe: ainda que um golpe legislativo ou institucional.
O mecanismo adotado, individualmente, por um Ministro do Supremo Tribunal Federal, para - supostamente - atender ao clamor popular, é um golpe e desestabiliza as instituições. É mais uma bomba incendiária.
A decisão de Renan Calheiros em não aceitar a notificação e da Mesa Diretora do Senado em não acatar a liminar monocrática, acirra o conflito.
E devolve a bomba ao plenário do STF. Onde existem claros conflitos de opiniões, o que é normal. Mas que vem se extravasando para conflitos pessoais.
Não tem faltado incendiários. Faltam bombeiros. E o povo que ver ‘o circo pegar fogo’.
Jorge Hori
Jorge Hori
Articulista