A política econômica absurda de Lula e o inchaço da máquina pública

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Reinaldo Polito - talvez o maior especialista em oratória do país - apelou para a consciência dos aliados e assessores de Lula que suas atitudes e palavras irresponsáveis podem (eventualmente) destruir o país. 

O mestre Polito começa cobrando coerência apontando que Lula já fala em "herança maldita" – uma mentira deslavada se olharmos os indicadores econômicos, como, por exemplo, o crescimento do PIB que ultrapassa os 3%, fato inédito entre as 20 maiores economias depois da pandemia.

O desemprego despenca e atingimos o impressionante numero de 100 milhões de brasileiros empregados com ‘carteira assinada’ – o melhor índice nos últimos 18 anos. A inflação que fustiga a Europa e os Estados Unidos aqui no Brasil virou deflação, vide as sucessivas quedas de preço dos combustíveis. Tudo isso asfalta o caminho do Brasil rumo ao crescimento econômico.

Porém, a “índole irrefreável de Lula para gastar o que não temos”, segundo o professor Polito, já incorre em erro antes mesmo de iniciar o mandato. Haja vista a criação de novos ministérios (aumento da maquina estatal) e o desprezo pela boa governança, alterando a Lei das Estatais para nomear quadros políticos tanto para o BNDES quanto para a Petrobras.

Em 2022, Bolsonaro entrega a Lula uma economia brasileira muito estruturada, pois temos o melhor resultado Dívida/PIB em 22 anos.

E qual a resposta do futuro governo Lula?

Patrocinando a ‘PEC Fura Teto’ abrindo um credito de R$ 170 bilhões de reais para o próximo governo. Prevendo a catástrofe econômica, isentões como Armínio Fraga e Henrique Meirelles, começaram sutilmente a se afastar de Lula, e tudo isso antes mesmo da posse.

Polito reforça:

‘Desde que venceu as eleições, Lula não tem outro discurso que não seja o de promover a gastança. Os progressistas que não se embriagaram com a ideologia lulista estão assustados. Não acreditavam que as promessas de campanha do presidente eleito pudessem ser levadas a sério’.

O PT não dá refresco e já incha a máquina pública, com mais ministérios, mais cargos, congelando as privatizações, aumentando o peso do paquidérmico Estado brasileiro no lombo do contribuinte.

Só discordo do professor Polito quando ele aponta isso como um erro, um equívoco, ou até mesmo ignorância por parte de Lula e de sua equipe.

Não é. Isso é um método: o inchaço do governo, o aparelhamento com distribuição de cargos, aumento de gastos publicitários para silenciar a imprensa, é a mesma receita dos primeiros governos do PT – à época faltou o controle absoluto do Judiciário e das Forças Armadas. Me parece que Lula volta com determinação para corrigir esse ‘erro’.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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