Marcio França já chega fazendo o que faz de melhor: Dando prejuízo ao estado de São Paulo

24/12/2022 às 17:54 Ler na área do assinante

Foto: Marcos Corrêa/PR

Bastou Márcio França ser anunciado como futuro Ministros dos Portos e Aeroportos (esse ministério foi criado só para abrigá-lo) que ele já demonstrou seu despreparo e também falta de empatia pelo povo paulista.

Até por isso perdeu duas eleições consecutivas.

Para governador em 2018 conseguiu ser derrotado pelo João Doria, e para o senado, em 2022

Conhecido como Marcio Cuba pelos paulistas, pelo seu amor ao socialismo, logo após sua indicação ele foi questionado por um repórter do Estadão sobre a privatização do Porto de Santos e mesmo sem ter noção sobre o que falava, foi taxativo.

– Não será feito o leilão. A autoridade portuária vai continuar estatal. O que faremos são concessões de áreas dentro do porto, de terminais privados. Onde já foi feito, a gente respeita. Agora, há situações que não foram homologadas e que vão passar pelo crivo dos técnicos – disse.

O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas vai propor uma conversa com o ex-presidiário e o próprio Márcio França, para tentar convencer a nova gestão federal de que é preciso avançar com o leilão do Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina.

O plano de concessão, que estava previsto para os próximos meses, era aguardado como a segunda maior concessão do governo Bolsonaro, depois da oferta de ações da Eletrobrás. A minuta do edital vem sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União. Essa deve ser uma das primeiras agendas de Tarcísio no início de seu mandato, para tentar dar andamento à privatização do porto, rota de entrada e saída de 29% de todas as transações comerciais do Brasil.

Dentro do governo paulista, a aposta é que, com diálogo, seja possível reverter a posição de França. Segundo interlocutores, Tarcísio, que já foi ministro da Infraestrutura, acredita que, ao se aprofundar no assunto, o eventual governo petista restará convencido de que a oferta do porto é o caminho para garantir os investimentos necessários para a expansão de uma estrutura já limitada. O tema é de tal relevância para o novo governo paulista que Tarcísio já acionou Gilberto Kassab, que ocupará o cargo de Secretário de Governo, para falar com o futuro governo.

O que está em jogo é um leilão que previa investimentos de R$ 18,5 bilhões em melhorias, ampliação e manutenção. Outros R$ 2,9 bilhões seriam reservados para a construção de um túnel submerso para ligar Santos a Guarujá.

A manutenção do Porto nas mãos do Governo só serve para duas coisas, garantir de 150 e 200 cargos comissionados para os ‘companheiros’ e manter os mais variados esquemas de desvio de dinheiro, impostos e contrabando.

O pior disso é que Marcio França é da região, ele foi prefeito de São Vicente, na Baixada Santista. Qual região do país pode abrir mão de um investimento de quase vinte bilhões?

Há Marcio, vai pra Cuba!