O promotor Deltan Dallagnol lamentou o habeas corpus concedido pelo STF ao ex-governador Sérgio Cabral.
Em publicação no Twitter, o ex-procurador e deputado federal eleito afirmou:
“Aconteceu. É o fim. O último preso da Lava Jato, e um dos que mais representou a absoluta falência moral e a decadência da corrupção no Brasil, foi solto pelo STF, com voto decisivo de Gilmar Mendes.”
Com razão, a operação Lava-Jato foi um soluço de Justiça num país que tem a corrupção no seu DNA.
Um momento de glória para as pessoas de bem, que produzem riquezas e lutam diariamente para pagar suas contas, para sobreviver aos assassinos e traficantes que aterrorizam nosso cotidiano e pagar impostos extorsivos que bancam luxos para o Judiciário, Legislativo e o Executivo mais perdulário do mundo, nas 3 esferas de poder.
O ex-coordenador da Lava Jato disse ainda que, apesar da decisão do Supremo pela soltura de Cabral, a força-tarefa segue viva, na luta de cada brasileiro.
“Sérgio Cabral foi condenado a mais de 400 anos de prisão pelos seus inúmeros crimes, mas isso não vale nada no Brasil. Mas não percamos a fé. A Lava Jato não morreu, ela segue viva na luta de cada brasileiro que se indigna com notícias como essa. Não iremos desistir de combater à corrupção: lutaremos pelo Brasil!”, acrescentou.
Como noticiamos, a Segunda Turma do STF concedeu na noite de sexta-feira um habeas corpus a Sérgio Cabral no último mandado de prisão que estava em vigor contra ele. O ex-governador do Rio saiu hoje do regime fechado pela primeira vez em seis anos. Isso mesmo, o ex-governador que foi condenado a mais de 400 anos cumpriu míseros SEIS ANOS.
A destruição total da Lava-Jato e, por conseguinte, do combate à corrupção no Brasil é uma série de fracassos, que se sucedeu, sucessivamente. Desde de ministros da nossa suprema corte que atropelaram jurisprudências e seus próprios escritos, até jornalistas como Vladimir Neto, da Globo, que escreveu um best-seller chamado LAVA-JATO E OS BASTIDORES DA OPERAÇÃO QUE ABALOU O BRASIL, apenas para dois anos depois apoiar o cérebro da bandidagem, condenado em múltiplas instâncias, à presidência.
Nem o diretor de cinema brasileiro residente em Los Angeles, o premiado Jose Padilha, escapa desse papelão. Ele que escreveu o roteiro e dirigiu a série o MECANISMO para Netflix (um sucesso mundial) e depois cedeu à pressão de seus coleguinhas e renegou sua própria obra.
Para o Jose Padilha e o global Vladimir Neto deixo as palavras do icônico personagem criado pelo primeiro:
– O sistema é foda parceiro. E ainda vai morrer muito inocente!
Padilha, Vladimir, nunca se esqueçam vocês têm boa parte de responsabilidade pelo caos que se aproxima e ao contrário de outros, vocês não podem se esconder atrás da ignorância.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.