

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Depois da rasteira que Arthur Lira (PP-AL) levou, com a decisão monocrática de Gilmar Mendes, que aprovou crédito para o Auxílio-Brasil de R$ 600,00, atropelando a Câmara dos Deputados, o PT foi para o ‘all in’ e quer agora derrotá-lo na sua reeleição para a presidência da Câmara.
O PT segue assim, fiel a sua tradição de trair seus aliados, pois já havia concordado em apoiar a reeleição de Artur Lira. Porém, parece que viu uma possibilidade melhor para seus interesses inconfessáveis.
Lira, entretanto, também tem suas armas, uma delas seria aprovar a PEC (proposta de emenda constitucional) 333/2017 (já aprovada no Senado) que extingue o foro especial por prerrogativas de função para crimes comuns – isso diminuiria sensivelmente a influência do Supremo sobre os parlamentares com problemas na justiça.
Outro golpe fortíssimo seria a PEC 06/2020, que impede decisões liminares monocráticas em ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade). isso inibiria a Suprema Corte de agir contra decisões do Legislativo e do Executivo, como vem acontecendo recorrentemente.
Seria excelente para a democracia brasileira, mas demandaria coragem.
Será que Artur Lira tem o suficiente?
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.