De uma só vez, Folha demite Duvivier e Jânio de Freitas

17/12/2022 às 05:59 Ler na área do assinante

Dois dos maiores lacradores da "Folha de S. Paulo", o ator e apresentador Gregório Duviver e o jornalista Jânio de Freitas foram demitidos pelo jornal paulista nesta quinta-feira (15).

Replicando o ‘humor esquerdista’ do Porta dos Fundos (do qual ele é integrante) para falar da política nacional em sua coluna, Duvivier já havia antecipado a demissão em seu perfil no twitter, postando que já foi "um prazer escrever por lá por 9 anos". Ele agradeceu aos leitores e deixou um convite no ar: Tomara que a gente se encontre em outro lugar. 

Com bem mais tempo de casa, Jânio de Freitas sai do jornal após mais de quatro décadas.

"O imprescindível Jânio de Freitas foi demitido hoje pela Folha. Qual o motivo?", indagou Bob Fernandes em seu Twitter.

José Trajano, com a tradicional arrogância, sua marca registrada na ESPN, definiu a dupla demissão como "luto na imprensa brasileira". Ao falar do veterano colega, o jornalista escreveu que "nosso colunista maior, depois de quatro décadas nos brindando com sua inteligência, coragem e sabedoria, é dispensado pela Folha". Janio, por enquanto, ainda não se manifestou sobre a saída do jornal.

Olha, ninguém é mais critico da Folha de SP que eu, mas ficar surpreso porque um profissional de 90 foi dispensado é puro cinismo – o próprio José Trajano cansou de demitir jornalistas na ESPN, simplesmente porque não dividiam sua paixão pela esquerda.

A longevidade de Jânio de Freitas é louvável, provavelmente ele já esteja aposentado e é a marcha natural da vida. Quanto ao Duviver, infelizmente teremos que aguentá-lo por um bom tempo. Sócio de Fabio Porchat, ambos 'lulistas de carteirinha', terão à sua disposição todas as benesses desse novo Brasil socialista.

Talvez a surpresa seja porque os tempos de ‘vacas gordas’ estejam voltando à Folha de SP e a toda imprensa engajada, afinal foi para isso que o Congresso autorizou o aumento de 0,5% para 2% no gasto em publicidade das estatais.

Sabe quanto isso significa? Nada menos que R$ 20 bilhões de reais dos seus impostos que Lula terá a sua disposição para adoçar a boca da imprensa brasileira, como a Folha por exemplo.

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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