Ao assistir na quarta-feira (28) ao pronunciamento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) no Senado, o cidadão, com um pouco de equilíbrio racional, indaga se Lindbergh é um ser pertencente a outro planeta que não vivenciou o período malogrado do governo petista, mormente o malsucedido governo de Dilma Rousseff.
O desequilíbrio emocional de Lindbergh, componente do grupo das carpideiras do PT, continua indisciplinadamente a proclamar o mantra encardido de golpe, de apeamento de Dilma e de outras melancolias sem retorno.
O senador, como não tem onde se apoiar para criticar Michel Temer, procura de todas as formas, com a sua trupe, motivo para destilar ira política contra o atual governo, constitucionalmente investido no poder.
O episódio com Geddel Vieira não é diferente do governo petista. Quantos ministros corruptos passaram no governo do PT? Só para enumerar alguns expoentes: José Dirceu, o grande canastrão da República, continua e vai continuar preso até os seus últimos dias; Palocci, o biltre de vestal desmascarada, está preso; e ficamos por aqui para não perder tempo.
Ora, senador, a sua verborragia em tribuna para reprochar Michel Temer tem razão quando se observa que Michel Temer usa dos mesmos estratagemas petistas para defender políticos não identificados com os valores morais da República. Mas, a gestão de Michel Temer tem se mostrado muito superior, em pouco tempo, ao malogrado governo Dilma.
O senador Lindgbergh Farias prega o apocalipse na gestão do atual governo como se o PT tivesse montado e deixado uma plataforma governamental de escol. Ao contrário, Dilma foi cassada por irregularidade fiscal, por sua incompetência, bem como por ter levado o país à quase bancarrota.
No período de Dilma, a economia teve o seu pior desempenho em 100 anos. Oficialmente, Doze milhões de trabalhadores estão desempregados, mais são muito mais. A renda per capita voltará ao nível de 2013 apenas em 2024. No início do governo Dilma, a relação dívida/PIB era 51% e já passou de 70%. A gestão de Dilma causou a queda do PIB, desemprego, redução de receitas tributárias, inflação, elevação da dívida pública, descrédito da comunidade financeira internacional etc.
Assim, chega a ser ridículo ver uma legião de partidos da oposição cerrar fileiras para, como Dom Quixote se lançou contra os moinhos, protocolar na PGR pedido de representação contra Michel Temer pelo caso Geddel Vieira, por crime comum, inclusive pedindo a sua renúncia, demonstrando todos, viúvas e viúvos do governo cassado, que não têm o que fazer no Parlamento.
Júlio César Cardoso
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor (federal) aposentado.