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Medida que recompensaria quem denunciasse corrupção é suprimida pela Câmara
30/11/2016 às 06:56 Ler na área do assinante
Lorenzoni, voz quase solitária
Esse ‘lixo’ que é nossa Câmara do Deputados não quer mesmo acabar com a corrupção.
Quase a unanimidade resolveu suprimir do texto das ‘medidas contra a corrupção’ a figura do ‘reportante do bem’.
A ideia era estabelecer um recompensa para aquele que fizesse uma denúncia que resultasse na devolução de recursos para o erário.
O relato, a denúncia, precisaria gerar o resultado e o reportante teria que ser o primeiro a apresentar as suspeitas e não poderia divulgar as informações antes da conclusão da apuração.
Pauderney Avelino (DEM-AM), comparou a iniciativa a uma prática nazista.
‘Se aprovado, isso transformaria o Brasil num Estado de exceção, numa Alemanha nazista, numa Gestapo’, disse o líder dos democratas.
A criação do ‘reportante do bem’ era a medida preferida, entre as doze, de Onix Lorenzoni. Ele a classificou como uma medida ‘espetacular’.
‘Essa figura traz para o mundo da legalidade toda sociedade. Qualquer um pode ajudar nessa luta. Um auxiliar de enfermagem que trabalha num hospital e vê coisas erradas. Uma servente de escola que flagra servindo comida estragada para as crianças. Não estou falando da alta corrupção. E tem deputado dizendo que essa medida cria o mercado do dedo-duro’, defendeu Lorenzoni.
da Redação