Desde o 1º mandato de Lula, em 2002, a indicação para nossa Corte Suprema só tem um critério: o político. As exigências de conduta ilibada e notório saber jurídico foram sistematicamente ignoradas. E quando você pensa que a coisa está ruim, os petistas encontram uma maneira de torná-las ainda pior.
Nas bolsas de apostas dos tribunais superiores de Brasília, o nome da advogada Caroline Proner voltou a circular com força como um dos favoritos para uma das duas cadeiras do Supremo Tribunal Federal que terão que ser preenchidas em 2023.
A paranaense Carol Proner, como é conhecida, milita nas áreas de direitos humanos e de direito internacional. Ela é casada com Chico Buarque. O casal é amigo íntimo de Lula e de Janja.
A advogada também integra o Grupo Prerrogativas, agremiação jurídica formada por dezenas de advogados que defenderam Lula na Operação Lava-Jato, após a prisão do ex-presidente e atuou fortemente durante a campanha presidencial em favor do petista.
A esposa de Chico Buarque, vem sendo apontada como favoritíssima em rodas de conversas de ministros do próprio STF e do Superior Tribunal de Justiça, o STJ — pelo menos dois desses togados têm ótima interlocução com o staff que cerca Lula.
É esse o Brasil de Lula, onde vale mais ser esposa de um cantor famoso do que ter sido aprovado em concursos disputadíssimos, ter uma sólida carreira como causídico ou ter mestrado, doutorado. É o fim da meritocracia e volta do Q.I. (quem indica). Aliás foi assim que o mesmo Chico Buarque emplacou sua irmã, Ana de Hollanda, como ministra da Cultura em 2011.
Às favas com os escrúpulos e a competência.
Viva a Carreta Furacão!
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.