Em plano maquiavélico, Lula trama para revogar mais de 200 decretos de Bolsonaro

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Se o ex-presidiário Lula (PT) tomar posse em 1º de janeiro de 2023, ele já tem planos audaciosos para o Brasil nos próximos anos.

Primeiro, é que boa parte da estrutura governamental deve mudar. Lula vai recriar muitos ministérios que haviam sido extintos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A extinção de alguns ministérios foi fundamental para a contenção de gastos públicos, mormente num período em que se enfrentou uma gravíssima epidemia.

Por falar em gastos públicos, esse é um tema que o ex-condenado da Lava-Jato não quer nem ouvir falar. Não é à toa que ele tenta a todo custo implantar a PEC do Rombo, que vai levar a uma sangria de R$ 198 bilhões aos cofres públicos.

Dando prosseguimento a 'algazarra', o PT vai recriar o Ministério da Cultura e garantir que a classe artística poderá usufruir de valores milionários para serem utilizados em seus projetos, por meio do fomento da Lei Rouanet. A auditoria sobre o que aconteceu com os valores, essa sim, não se sabe como será.

Na Gestão de Bolsonaro, os recursos encaminhados para o setor estavam direcionados mais aos artistas iniciantes. No Governo Lula, as verbas voltam a ser distribuídas para artistas consagrados. À frente da equipe de transição da Cultura, por sinal, estão opositores ferrenhos de Bolsonaro: Daniela Mercury, Chico César, Margareth Menezes e Lucélia Santos.

Na Comunicação institucional, Lula vai transformar a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), uma empresa pública federal que possui conglomerado de mídia espalhado pelo país com emissoras de rádio e televisão, em assessoria de comunicação do Ministério da Cultura. Juca Ferreira, que foi o chefe da pasta durante o governo do PT, defendeu que a EBC seja utilizada para "fomentar a cultura brasileira".

Para completar os 100 primeiros dias de governo, Lula pretende ainda revogar mais de 200 decretos, portarias, instruções normativas, resoluções e outras medidas editadas por Bolsonaro. O motivo alegado para o "Revogaço" seria um suposto "desmonte da Constituição Federal" no combate à fome, violência contra a mulher e direitos dos povos indígenas (que, por sinal, estão defendendo a permanência de Bolsonaro na presidência).

Para fechar o pacote com "chave de ouro", o ex-presidiário deve seguir à risca o conselho do ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e já regular a internet no Brasil. O que isso significa? Regras mais rígidas para temas que poderão ser abordados, controle maior da disseminação de 'Fake News' e taxação das big techs. O ex-marido de Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo, que é coordenador da Comunicação da equipe de transição, disse que o novo governo já discute com a Netflix, Google e Facebook recolher impostos.

"A Europa fez políticas de tributação dos gigantes. Google, Facebook, todo mundo paga imposto. Temos que avaliar aqui no Brasil como está isso, se é viável, se podemos", explicou.

Enfim, um novo regime para um novo Brasil. 

Rumo a venezuelização...

Sebastião Teodoro.

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