Em atitude deplorável, Randolfe quer que 'a China seja aqui'
01/12/2022 às 12:48 Ler na área do assinanteNa ditadura chinesa (regime sempre elogiado por Lula e seus acólitos) não é o povo que avalia o governo e sim o governo autoritário que avalia o povo.
A ditadura chinesa através de uma invasão maciça de privacidade é que dá uma ‘nota social’ aos seus cidadãos.
E baseado nessa nota você pode ou não prestar concursos, ocupar cargos executivos em ‘empresas privadas’ lecionar em universidades ou até mesmo viajar ao exterior.
Provavelmente inspirado nesse tipo de autoritarismo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) teve a desfaçatez de apresentar um projeto de lei que tenta criar o crime de “assédio ideológico”.
Por ser genérico, caso seja aprovado, qualquer crítica a autoridades poderá ser enquadrada no novo tipo criminal, como ocorre em ditaduras em que não se pode questionar poderes constituídos, desde que o juiz aceite a tese da vítima.
A proposta foi feita após o senador ter sido criticado por cidadãos, diversas vezes, em lugares públicos por sua atuação questionável no Senado e também junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente por pedidos feitos ao ministro Alexandre de Moraes.
Randolfe, por exemplo, foi quem pediu o bloqueio de redes sociais e contas bancárias de empresários por eles terem manifestado, por meio de frases curtas e figurinhas, em uma conversa privada em grupo de WhatsApp, preferir um golpe a um novo governo Lula (ato opinativo protegido pela Constituição).
Randolfe também tem repetido que os atos nas ruas são antidemocráticos e que o presidente Jair Bolsonaro deveria ser preso.
Tempos sombrios...
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.