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Em 62 a.C, Pompeia Sula, uma belíssima jovem e segunda esposa de Júlio César, deu uma festa só para mulheres, em sua casa.
Clódio, um tribuno populista, rico e atrevido, apaixonado por Pompeia, entrou na festa fantasiado de tocadora de lira, para aproximar-se daquela mulher que desejava.
Obviamente, foi descoberto e sua ousadia causou um falatório na alta sociedade Romana.
César ainda não era imperador, mas já era uma figura pública; General vitorioso, eleito Tribuno Militar, Questor, Edil e, no ano anterior, Pontífice Máximo - o alto sacerdote da religião romana. Por isso, mesmo sob protestos de Pompeia, que jurava não ter se aproximado de Clódio, divorciou de sua esposa.
Do episódio, justificando a sua decisão, surgiu a célebre frase:
"À mulher de César, não basta ser honesta. Precisa parecer honesta".
Não adianta tentar convencer o povo de que algo ‘É’, mesmo que seja, aquilo que não parece ser.
Mais de 2000 anos depois, alguns políticos ainda não entenderam a lição.
Felipe Fiamenghi
O Brasil não é para amadores.